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Estado de Minas

Procuradores dizem � CPI do Cachoeira que esquema � "m�fia" e se infiltrou no Estado


postado em 21/08/2012 12:59


Os procuradores da Rep�blica em Goi�s L�a Batista de Oliveira e Daniel Rezende, respons�veis pelos inqu�ritos das opera��es Vegas e Monte Carlo, da Pol�cia Federal, reafirmaram nesta ter�a-feira, em depoimento � Comiss�o Parlamentar Mista de Inqu�rito (CPMI) do Cachoeira, que a organiza��o criminosa que seria chefiada por Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, tem car�ter mafioso e cooptou agentes do Estado para manter suas atividades.

“O certo � que a opera��o desvelou uma m�fia, uma sociedade bem estruturada, mais lucrativa que uma grande empresa. Um grupo profissionalizado, est�vel, permanente e habitual, montado para o cometimento de crimes de natureza grave. A sua exist�ncia por mais de uma d�cada foi suficiente para montar uma estrutura est�vel e entranhada no seio do Estado”, disse L�a Batista.

“Uma organiza��o criminosa armada, complexa e com caracter�stica mafiosa. O principal tra�o dessa organiza��o � o c�digo do sil�ncio orquestrado. A postura dessa organiza��o criminosa, decorrente de um c�digo de sil�ncio, � t�pico das organiza��es criminosas com objetivo de escudar a organiza��o e seus membros. O c�digo est� bem claro aqui na CPI e na Justi�a Federal”, acrescentou.

Segundo Daniel Rezende, existiram dificuldades nas investiga��es, porque a pr�pria legisla��o brasileira � deficit�ria no que diz respeito ao enquadramento de organiza��es criminosas complexas.

“N�o � uma investiga��o voltada para o solit�rio social e o criminoso individual. Estamos tentando construir determinadas teses para que possamos desenvolver o trabalho de enfrentamento de organiza��es criminosas infiltradas no seio do Estado. O Estado se torna muito mais vulner�vel quando essas organiza��es se infiltram, principalmente quando � na �rea da seguran�a”, frisou o procurador.

Rezende ponderou que o uso de escutas telef�nicas nas opera��es ocorreu devido ao fato da organiza��o criminosa ter cooptado policiais e outros agentes do Estado. “Com essa coopta��o dos agentes do Estado, ficou mais dif�cil o trabalho de campo, por isso o uso das intercepta��es telef�nicas”, disse.

Os procuradores tamb�m relataram aos integrantes da CPMI que sofreram amea�as em decorr�ncia ao trabalho que desempenham no caso. L�a Batista relatou a tentativa de uma mulher entrar em seu apartamento �s 5h45 e um epis�dio em que um dos seguran�as identificou uma marca��o no ve�culo usado por ela.

“Tivemos que alterar totalmente a nossa rotina e isso faz com que nossas fam�lias passem a absorver. N�o � seguran�a para n�s, membros do Minist�rio P�blico, mas tamb�m para nossas fam�lias”, disse Rezende. O procurador ressaltou que todo o trabalho desenvolvido pelo Minist�rio P�blico Federal (MPF) ocorre de forma t�cnica e “sem paix�es”.

“Nosso trabalho foi estritamente t�cnico, cumprindo o nosso dever, o que a Constitui��o Federal nos delega, tentando representar e defendo a sociedade”, disse o procurador.


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