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Estado de Minas

Procuradores voltam a relatar amea�as � CPI do Cachoeira


postado em 21/08/2012 20:07

Respons�veis no Minist�rio P�blico pelas Opera��es Vegas e Monte Carlo, os procuradores Daniel de Resende Salgado e L�a Batista de Oliveira defenderam nesta ter�a a investiga��o das rela��es do esquema do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, com a empreiteira Delta Constru��es. Em depoimento nesta ter�a � CPI do Cachoeira, os dois procuradores voltaram a relatar amea�as e solicitaram o compartilhamento das quebras de sigilo banc�rio e fiscal recebidos pela CPI de toda a movimenta��o de Cachoeira e de empresas fantasmas para que a Justi�a mantenha o sequestro de bens do bicheiro estimado em R$ 167 milh�es.

"Temos a possibilidade de perder o sequestro desses bens", lamentou Salgado, que foi respons�vel pela Opera��o Vegas, entre 2008/2009. A avalia��o � que Cachoeira poder� ter seus bens liberados por tribunais superiores, caso as investiga��es n�o sejam aceleradas. Segundo os dois procuradores, o "bra�o financeiro" da quadrilha n�o foi investigado pelo Minist�rio P�blico porque, diante do vazamento de informa��es, a Opera��o Monte Carlo foi deflagrada em 29 de fevereiro, com a pris�o de Cachoeira, antes do t�rmino das averigua��es sobre as rela��es do esquema do contraventor com o mundo empresarial.

Foi detectado apenas uma "proximidade muito grande" entre Cachoeira e Cl�udio Abreu, diretor regional da Delta Centro-Oeste. A sede da empresa em Goi�nia era inclusive usada pelo bicheiro para encontros de neg�cios. Tamb�m n�o foram levadas adiantes as investiga��es sobre opera��es de "d�lar a cabo" do grupo de Cachoeira no exterior - no Uruguai, no Reino Unido e em Cura�au.

"O pr�ximo desafio do Minist�rio P�blico � identificar a quest�o patrimonial e as poss�veis fraudes � licita��o e o bra�o financeiro", afirmou L�a, que comandou as investiga��es no Minist�rio P�blico da Opera��o Monte Carlo. "N�o conseguimos fazer qualquer tipo de investiga��o nesse vi�s empresarial", concordou Salgado. Ambos informaram que as apura��es das duas opera��es ficaram centradas no esquema de jogo ilegal comandado por Cachoeira.

Diante da defesa dos procuradores para que as investiga��es avancem sobre o bra�o empresarial do grupo de Cachoeira, integrantes da CPI voltaram a defender a quebra do sigilo banc�rio e fiscal de empresas laranjas montadas pelo contraventor para receber recursos da Delta Constru��es. "A CPI apontou a exist�ncia de uma holding da corrup��o capitaneada pela empreiteira Delta", observou o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP).

Levantamento do PSDB aponta que a empreiteira repassou R$ 413,5 milh�es para 18 empresas fantasmas nos �ltimos dez anos. Apenas seis dessas empresas tiveram seu sigilo quebrado pela CPI. "Estou estudando para ver se � o caso de quebrar os outros sigilos", disse o relator Odair Cunha (PT-MG). Segundo ele, a CPI j� detectou movimenta��es suspeitas da Delta Constru��es com mais de 200 empresas fantasmas.

No depoimento de cerca de quatro horas � CPI, a procuradora L�a Batista enfatizou que a organiza��o criminosa comandada por Cachoeira tem caracter�sticas semelhantes � m�fia italiana. Ela argumentou que um dos aspectos mais fortes � a lei do sil�ncio imposta a seus integrantes. A procuradora observou ainda que sofreu amea�as do grupo do contraventor, que mandou e-mails para ela e teria at� tentado entrar em sua casa, um dia de madrugada. "A Opera��o Monte Carlo desvelou uma m�fia, entranhada no Estado com mecanismos de coopta��o de agentes p�blicos. Um membro do grupo, quando se silencia na Justi�a ou na CPI, objetiva escudar o grupo e seu l�der. A sociedade ficou totalmente desprotegida com a coopta��o do Estado armado", afirmou L�a. Daniel Salgado observou que, pela atual legisla��o, Cachoeira dever� ficar preso apenas 15 anos, mesmo que seja condenado � pena m�xima de 30 anos de pris�o.


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