A presidente Dilma Rousseff inicia a Semana da P�tria com uma rela��o bem mais amistosa com os militares do que ano passado, quando poucos dias depois de ter demitido o titular do Minist�rio da Defesa, Nelson Jobim, por ter dado declara��es pol�micas, e t�-lo substitu�do por Celso Amorim, que n�o agradava a categoria, ela fez quest�o de comparecer � cerim�nia de troca da bandeira, parte das comemora��es militares pela Independ�ncia do Brasil. Nesse domingo, nem Dilma nem Amorim foram � solenidade, at� por que j� n�o precisam se esfor�ar para evitar atritos com a caserna. H� poucos dias, o Planalto concedeu � categoria o dobro do reajuste dado a todos os servidores. A presidente tem se empenhado tamb�m em fazer andar projetos importantes para a Defesa, como a compra do sat�lite que monitorar� as fronteiras, e a constru��o de submarinos.
A sinaliza��o mais recente da import�ncia que concede � pasta, foi o tratamento dispensado pelo governo ao or�amento da Defesa. Os servidores militares, que n�o participaram no movimento grevista que envolveu diversos setores da Esplanada, tiveram reajuste de 30%, o dobro do oferecido �s outras categorias. Tamb�m agradou � categoria a transfer�ncia do Minist�rio da Justi�a para o da Defesa, de parte das atividades relativas � seguran�a dos grandes eventos, como a Copa do Mundo e as Olimp�adas.
Exce��es
Aos assuntos que lhe s�o caros, entretanto, Dilma continua mantendo seu posicionamento e parece n�o se importar com o inc�modo da caserna. Na constitui��o da Comiss�o da Verdade, por exemplo, considerada por ela uma quest�o de honra, a presidente sequer ouviu os militares sobre as defini��es de como seriam os trabalhos ou quem a comporia. No dia da cerim�nia de instala��o, eles compareceram, mas o mal estar era vis�vel. Sentados na primeira fileira, muitos deles n�o aplaudiram os discursos.