O relator do processo do mensal�o no Supremo Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa, afirmou que, para receber recursos do valerioduto, os dirigentes do PP praticaram o crime de lavagem de dinheiro. Ele j� tinha apontado antes Pedro Corr�a e Pedro Henry como recebedores de vantagem indevida em fun��o dos cargos de parlamentar e presidente e l�der do PP, o que configuraria corrup��o passiva. Agora, ele vai analisar se houve uma forma��o de quadrilha para o recebimento de recursos do esquema por integrantes do partido.
Ao todo, os dirigentes do PP receberam R$ 4,1 milh�es. Parte dos repasses � negada pela defesa dos r�us, mas para o relator foi comprovado que em algumas das transa��es n�o havia qualquer recibo. Ele considerou ainda que o ex-assessor da lideran�a do PP Jo�o Cl�udio Genu, usado na maioria das vezes para receber os recursos, tamb�m teria atuado na lavagem de dinheiro porque tinha conhecimento da ilegalidade dos recursos. "Genu foi o executor direto do delito".
Ele descreveu ainda a sistem�tica dos repasses de recursos pela Bonus Banval, cujos s�cios Enivaldo Quadrado e Breno Fischberg tamb�m s�o r�us. O relator afirmou que a corretora passou a ser utilizada como uma "sofistica��o" da lavagem de dinheiro. Destacou que em depoimento o publicit�rio Marcos Val�rio afirmou que a corretora foi usada por ter maior facilidade em distribuir o dinheiro. O relator observou que houve entregas at� em endere�os solicitados por dirigentes do PP. "Nunca soube disso, de entrega de dinheiro em domic�lio", ironizou Barbosa.