A medida provis�ria que regulamenta o C�digo Florestal Brasileiro foi aprovada na noite dessa ter�a-feirano plen�rio da C�mara, ap�s semanas de impasse, com mudan�as feitas pela comiss�o especial que a analisou. Durante o debate, a briga, antes polarizada entre governo e ruralistas, passou a ser da oposi��o contra o Executivo, traduzida em uma cobran�a pelo cumprimento do acordo feito na comiss�o. Com medo de a MP perder a validade (o que ocorreria em 8 de outubro), os governistas desistiram de mudar o texto e a maior parte da bancada dos agricultores abriu m�o da garantia de que a presidente Dilma Rousseff n�o vetaria a vers�o aprovada no Congresso.
Uma minoria ruralista, por�m, irritou-se com a amea�a de veto e convenceu deputados do DEM, PSDB e PV a obstruir a vota��o. A partir da�, mesmo quem participou do acordo na comiss�o especial e o comemorou na �poca passou a criticar itens do texto. “N�s cedemos muito para tentar viabilizar a aprova��o, mas a intransig�ncia do governo quis levar muitos produtores � clandestinidade. Esse texto n�o ter� minha digital”, reclamou o vice-l�der do DEM, Ronaldo Caiado (GO).
A press�o, por�m, n�o foi suficiente e o presidente da C�mara, Marco Maia (PT-RS), conseguiu levar a vota��o at� o fim. “Agora vamos enviar o resultado ao Senado e, conforme combinado com o presidente daquela Casa, Jos� Sarney (PMDB-AP), os senadores ser�o convocados extraordinariamente para votar a MP na semana que vem”, explicou. Em seguida, o texto deve ser sancionado por Dilma, que volta a ter em m�os o poder de encerrar a intermin�vel novela do C�digo Florestal ou prolong�-la por mais um tempo, se decidir vetar algum item para que a discuss�o volte ao Congresso.