A�cio diz que desagravo a Lula 'beirou o rid�culo'

O senador mineiro A�cio Neves (PSDB) esteve nesta segunda em Porto Alegre, a convite da ex-governadora Yeda Crucius (PSDB), para gravar mensagens de apoio aos candidatos tucanos no Estado e aproveitou a ocasi�o para criticar duramente a recente nota divulgada pelo PT e alguns partidos da base aliada em defesa do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva. A nota cont�m cr�ticas � oposi��o, dizendo entre outras coisas que eles est�o preocupados em fazer da a��o penal 470 - esc�ndalo do mensal�o - um julgamento pol�tico no Supremo Tribunal Federal (STF). Sem citar o nome do dirigente nacional do PT (Rui Falc�o), A�cio recomendou que ele tivesse mais serenidade e disse que a iniciativa "beirou o rid�culo".

"O que � absolutamente rid�culo foi a tentativa do presidente do PT (Rui Falc�o) de soltar uma nota, inclusive constrangendo, pelas informa��es que temos, os aliados, contra uma eventual derrubada de um ex-presidente da Rep�blica (Lula), algo novo que o PT inaugurou tamb�m na vida brasileira, como se houvesse a possibilidade de um golpe de Estado contra um ex-presidente", disse o senador tucano, continuando com as cr�ticas: "Aquilo beirou o rid�culo, algo absolutamente sem sentido. Era preciso que a autoridade do PT tivesse mais serenidade e pensasse no Brasil melhor que vamos ter ap�s o julgamento (do mensal�o)."

Na avalia��o do senador tucano, "todas as acusa��es, todos os processos que est�o sendo examinados devem ir a julgamento". E alfinetou: "Lamentavelmente, para o PT, o que n�s assistimos � um volume muito expressivo de lideran�as desse partido envolvidos em algo que o PT sempre negou." Questionado sobre as acusa��es sobre o chamado 'mensal�o mineiro", A�cio disse: "Sobre essas acusa��es de Minas Gerais, tenho muito pouca informa��o sobre ela, mas quando chegar o momento, deve ser julgada tamb�m."

Ao falar do julgamento do mensal�o no Supremo Tribunal Federal, A�cio disse esperar que os culpados possam ser condenados, enquanto que os inocentes possam ser inocentados. Contudo, n�o acredita que o fato de o STF j� ter feito algumas condena��es (dentre elas o do petista Jo�o Paulo Cunha) seja a explica��o para as dificuldades que o PT vem enfrentando na disputa municipal em algumas das mais importantes capitais do Pa�s (como Recife, Belo Horizonte e S�o Paulo). Na sua avalia��o, o que est� ocorrendo � um cansa�o do modelo pol�tico atual.

A�cio destacou tamb�m que as elei��es municipais servem de refer�ncia para as elei��es do Congresso Nacional, mas n�o devem interferir nas elei��es presidenciais diretamente. Ele destacou que 2013 ser� o ano de constru��o do projeto pol�tico da oposi��o para a disputa federal de 2014. E acredita que no resultado geral das elei��es municipais deste ano, o PSDB deve ser o segundo partido que far� o maior n�mero de prefeituras, atr�s do PMDB.

Em Porto Alegre, o candidato do PSDB, Wambert Di Lorenzo, tem apenas 2% das inten��es de votos, de acordo com a �ltima pesquisa Ibope. Mesmo com a divis�o pol�tica durante as pr�vias do partido, Nelson Marchezan J�nior, que pretendia concorrer ao executivo de Porto Alegre, participou do ato pol�tico.