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Estado de Minas

Atestado de �bito de Herzog dir� que ele morreu por maus-tratos


postado em 25/09/2012 10:31

O juiz M�rcio Martins Bonilha Filho, da 2ª Vara de Registros P�blicos do Tribunal de Justi�a de S�o Paulo (TJ-SP), determinou ontem (24) a retifica��o do atestado de �bito do jornalista Vladimir Herzog, que morreu em 1975 na capital paulista. O atestado, emitido no per�odo da ditadura, indicava que sua morte foi consequ�ncia de suic�dio. Por�m, por ordem da Justi�a o atestado de �bito informar� que a morte dele foi causada por maus-tratos.

O juiz determinou que, a partir de agora, passe a constar no documento a seguinte informa��o: “A morte [de Herzog] decorreu de les�es e maus-tratos sofridos em depend�ncia do 2º Ex�rcito – SP (DOI-Codi)”. O DOI-Codi era a sigla conhecida do Destacamento de Opera��es de Informa��es - Centro de Opera��es de Defesa Interna subordinado ao Ex�rcito, que atuava como �rg�o de intelig�ncia e repress�o do governo.

A retifica��o foi um pedido da Comiss�o Nacional da Verdade, representada pelo coordenador, ministro Gilson Dipp. A solicita��o foi encaminhada a pedido da vi�va Clarice Herzog. Na decis�o, o juiz Bonillha Filho elogiou a atua��o da comiss�o.

“[A comiss�o] conta com respaldo legal para exercer diversos poderes administrativos e praticar atos compat�veis com suas atribui��es legais, entre as quais recomenda��es de ‘ado��o de medidas destinadas � efetiva reconcilia��o nacional, promovendo a reconstru��o da hist�ria’”, disse o magistrado na sua decis�o.

Nascido na Cro�cia, Vlado Herzog passou a assinar Vladimir por considerar seu nome ex�tico. Naturalizado brasileiro, ele se tornou um dos destaques do movimento pela restaura��o da democracia no Brasil, depois do golpe militar de 1964. Era militante do Partido Comunista e sofreu torturas em S�o Paulo.

Em 25 de outubro, Vladimir foi encontrado morto. Segundo informa��es fornecidas na �poca, o jornalista foi localizado enforcado com o cinto que usava. Por�m, a fam�lia e os amigos jamais aceitaram essa vers�o sobre a morte dele. Nas fotos divulgadas, o jornalista estava com as pernas dobradas e no pesco�o havia duas marcas de enforcamento, indicando estrangulamento. No per�odo da ditadura, eram comuns as vers�es de morte associadas a suic�dio.


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