(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Barbosa sinaliza que considera Dirceu chefe de quadrilha


postado em 17/10/2012 20:33

O relator do processo do mensal�o no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, sinalizou que vai considerar o ex-ministro Jos� Dirceu como chefe da quadrilha que comprou apoio pol�tico no primeiro mandato do presidente Luiz In�cio Lula da Silva. Ele leu parcialmente seu voto na sess�o desta quarta do julgamento, argumentando que Dirceu articulava a ades�o dos partidos ao governo e dava aval aos empr�stimos fraudulentos que abasteceram o esquema.

"N�o se est� a questionar o fato de articular base de apoio, mas sim as circunst�ncias dessa base ter sido formada mediante pagamento indevido aos seus integrantes", disse o relator, que leu 30 das 100 p�ginas do voto do �ltimo cap�tulo do julgamento. O ministro relator prossegue na quinta-feira (18) com a leitura, com as conclus�es quanto ao crime de forma��o de quadrilha envolvendo Dirceu e outros 12 r�us.

No voto, Barbosa fez a rela��o entre os tr�s n�cleos apontados na den�ncia do Minist�rio P�blico, sugerindo que Jos� Dirceu tinha o comando do esquema. "Os integrantes do n�cleo pol�tico se aliaram ao n�cleo operacional ou publicit�rio, bem como aos integrantes do n�cleo financeiro ou Banco Rural, objetivando a compra de apoio pol�tico, pagamento de d�vidas passadas e financiamento de futuras campanhas".

O ministro mencionou depoimentos de seis r�us no processo para ressaltar que o ex-ministro participava diretamente das articula��es, presente em reuni�es ou por meio de consultas e aval das tratativas financeiras com dirigentes de partidos que formaram a base. Quando n�o estava presente, as negocia��es eram feitas pelo ent�o presidente do PT, Jos� Genoino, e pelo ent�o tesoureiro do partido, Del�bio Soares. "O que esses di�logos e depoimentos deixam bastante evidente � o n�vel de hierarquia e subordina��o dos demais integrantes do n�cleo pol�tico com Jos� Dirceu".

Entre os exemplos da articula��o, Barbosa citou a reuni�o no apartamento do ent�o deputado Paulo Rocha (PT-PA), com a presen�a de Dirceu, na qual foi fechado o acordo com o ent�o presidente do PL, atual PR, Valdemar Costa Neto (SP), para transferir R$ 10 milh�es para o partido. Esse acordo foi significativo para acabar com as resist�ncias do PL � ades�o ao governo, mesmo com Jos� Alencar, filiado ao partido, ocupando a vice-presid�ncia na chapa de Lula.

Uma reuni�o em Portugal foi outro fato usado por Barbosa. Em janeiro de 2005, o empres�rio Marcos Val�rio, o advogado das empresas dele Rog�rio Tolentino e o representante do PTB, Emerson Palmieri, viajaram a Portugal para se reunir com empres�rios da Portugal Telecom em busca de concretizar uma potencial doa��o em euros equivalente, na �poca, a R$ 24 milh�es para quitar d�vidas do PT e do PTB.

Para mostrar a rela��o de Dirceu nos tr�s n�cleos do esquema - o pol�tico, o publicit�rio e o financeiro -, Barbosa citou ainda as reuni�es do ex-ministro com os dirigentes do Banco Rural.

No �ltimo cap�tulo do julgamento, o ministro partiu da premissa que n�o se trata mais de hip�teses, porque o tribunal j� condenou grande parte dos r�us e reconheceu a exist�ncia de crimes. "Tudo isso passou da mera especula��o para a concretude" disse.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)