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Estado de Minas

Colegas de ex�lio defendem o ex-ministro Jos� Dirceu


postado em 22/10/2012 10:39 / atualizado em 22/10/2012 10:41

Na semana em que o julgamento do mensal�o no STF chegar� ao fim, com a possibilidade de condena��o do ex-ministro da Casa Civil Jos� Dirceu por forma��o de quadrilha, ex-presos pol�ticos exilados com o ent�o l�der estudantil no M�xico e, depois, em Cuba saem em defesa do velho companheiro.

Eles aparecem lado a lado na hist�rica foto de 6 de dezembro de 1969, no auge da ditadura militar, quando Dirceu e outros 12 foram trocados pelo embaixador americano sequestrado Charles Elbrick. Depois de mais de quatro d�cadas, recebem com pesar a possibilidade de v�-lo novamente preso, agora em pleno regime democr�tico.

“Dirceu � inocente, aquilo n�o tinha nada a ver com ele”, diz o ex-deputado Vladimir Palmeira, defendendo “absoluta aus�ncia de provas” para condenar o antigo companheiro e ainda amigo. Palmeira deixou o PT em junho de 2011, em protesto pela reintegra��o do ex-tesoureiro do partido Del�bio Soares, piv� do mensal�o, � legenda seis anos ap�s ser expulso por envolvimento no esc�ndalo.

Ele diz que o PT age como um “partido autocr�tico, acima da lei” concorda que houve caixa 2, mas poupa Dirceu. “Era evidente que o Del�bio tinha culpa, no processo est� claro. Mas quem conhece bem o PT, quem conviveu ali, sabe que o Del�bio nunca foi ligado ao Dirceu”, diz, chamando de “piada” a acusa��o de forma��o de quadrilha contra o ex-ministro da Casa Civil pelo ministro Joaquim Barbosa.

Na mesma linha, o jornalista e escritor Fl�vio Tavares, outro companheiro da �poca, diz-se decepcionado com a degrada��o pol�tica brasileira, da qual Dirceu seria um “bode expiat�rio”. “O mensal�o � o fato mais gritante, mas n�o � o �nico. E os que exigiram ser subornados para integrar a base ‘alugada’ do governo? Eram de v�rios partidos!”

“Durante a ditadura t�nhamos dois partidos e elei��es nas capitais, o mesmo simulacro pol�tico que existe hoje, em que os partidos operam por pequenas vantagens e a pol�tica � feita visando �s elei��es. Isso n�o � democracia, mas partidocracia”, diz Tavares.

Para o companheiro, Dirceu ainda “se sacrificou em 2005 ao renunciar para n�o prejudicar o presidente Lula. Ele blindou o governo do PT em pleno tiroteio e, assim, assumiu toda a responsabilidade sobre o esc�ndalo”. “Foi um ato de extrema coragem”, diz.

Tavares, por�m, n�o poupa o amigo: “Dirceu � um homem corajoso, valoroso, mas entrou na pol�tica e, ao faz�-lo, assumiu todos os v�cios graves inerentes � partidocracia, da qual os maiores nomes s�o Paulo Maluf, Roberto Jefferson, Jos� Sarney, Fernando Collor...”.

Jos� Ibrahim, dirigente nacional da Uni�o Geral dos Trabalhadores (UGT) e um dos 13 presos pol�ticos na foto com Dirceu, acredita que o companheiro e amigo esteja vivendo “um linchamento pol�tico”. “Vejo tudo isso com enorme tristeza, mas isso faz parte da pol�tica. O Z� (Jos� Dirceu) fez um jogo muito arriscado e est� sendo julgado por isso, mas vai saber levar mais essa fase com dignidade, como sempre o fez”.

O ex-deputado pelo PT Ricardo Zarattini, outro ex-preso pol�tico e ex-funcion�rio de Dirceu na Casa Civil, tamb�m defende o amigo: “Cham�-lo de chefe de quadrilha � inadmiss�vel”.


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