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Estado de Minas

Um ter�o do eleitorado n�o votou no segundo turno


postado em 30/10/2012 06:00 / atualizado em 30/10/2012 08:23

Seja por n�o ter comparecido �s sess�es eleitorais ou por ter votado branco ou nulo, cerca de 30% do eleitorado brasileiro n�o participou da escolha dos 50 prefeitos eleitos em segundo turno. Para cientistas pol�ticos, a alta taxa de absten��o e de votos considerados inv�lidos � resultado de um conjunto de fatores, que inclui desilus�o pol�tica, falta de renova��o de lideran�as e at� a cren�a absoluta na vit�ria ou na derrota de seu candidato. Apesar de divergir sobre a manuten��o do voto obrigat�rio, eles apontam a necessidade de uma reforma pol�tica.

Embora a presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministra C�rmen L�cia, tenha reagido com preocupa��o aos 19,11% de absten��o – ou 6.054.580 faltosos –, o segundo maior �ndice da hist�ria, o cientista pol�tico e professor da Funda��o Getulio Vargas Francisco Fonseca lembra que a m�dia hist�rica de falta nas urnas � alta no pa�s. “Com os brancos e nulos, temos sempre um �ndice grande, o que inclui parcela de protesto”, diz. Ele atribui o resultado a tr�s fatores: “O sistema pol�tico � confuso, com muitos partidos; a vida pol�tica � privatizada; e o eleitor s� v� not�cias que ligam a pol�tica � sujeira”.

Para Fonseca, � hora de uma reforma pol�tica. Nas redes sociais, muitos eleitores defenderam, no domingo, o voto facultativo. O professor � contra. “A obrigatoriedade ainda � importante, porque tira uma camada importante da passividade pol�tica. Caso contr�rio, correr�amos o risco de ter uma elei��o elitizada”, avalia Fonseca. Opini�o contr�ria � do professor em�rito da Universidade Federal de Bras�lia (UnB), David Fleischer. “O brasileiro j� est� muito mais informado. Algumas pesquisas mostram que o pobre n�o deixaria de votar, porque tem no��o de que � uma arma para lutar por melhorias.”

Fleischer explica a alta absten��o pela ideia de “j� ganhou” ou “j� perdeu”. “Em muitas cidades, como S�o Paulo, as pesquisas eleitorais mostravam vit�rias com folga. Ent�o, muitos eleitores n�o viram necessidade de seu voto. Em outras, como Fortaleza, a disputa acirrada favoreceu o comparecimento”, diz. A Comiss�o de Reforma Pol�tica do Senado, por ora, defende o voto obrigat�rio, temendo alta absten��o nas urnas.


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