Bras�lia – Magistrados da Justi�a Federal e da Justi�a do Trabalho paralisam as atividades por dois dias, a partir de amanh� (7), para protestar contra a desvaloriza��o das carreiras. A orienta��o das categorias � que os ju�zes compare�am aos f�runs, mas que n�o haja atendimento. Casos considerados de urg�ncia, como audi�ncias que envolvem r�us privados de liberdade, ser�o analisados.
Durante coletiva de imprensa nesta ter�a-feira, o presidente da Associa��o dos Ju�zes Federais do Brasil (Ajufe), Nino Oliveira Toldo, disse que as carreiras acumulam perdas de 28,86% na remunera��o desde 2005, quando foi implantado o subs�dio em parcela �nica. “� preocupante. O juiz, se n�o pode exercer outra profiss�o exceto a de professor, passa a ter dificuldade no cumprimento de suas miss�es”, avaliou.
Sobre a decis�o de n�o participar da Semana Nacional de Concilia��o, promovida pelo Conselho Nacional de Justi�a (CNJ), Nino garantiu que o protesto n�o � contra o processo de concilia��o em si. “Isso j� � uma realidade como sistema de solu��o de conflitos. Queremos � chamar a aten��o para um problema dentro da magistratura.” O evento come�a amanh� e segue at� o dia 14 de novembro.
Para o presidente da Associa��o Nacional dos Magistrados da Justi�a do Trabalho (Anamatra), Renato Henry Sant'Anna, a paralisa��o � um apelo por parte dos ju�zes. Dados do �rg�o indicam que quase 50% deles t�m algum tipo de d�vida derivada de empr�stimos de cr�dito consignado.
“Nos preocupa e provoca tristeza, mas n�o h� trabalhador que possa conviver com uma perda salarial de 30%. Somos trabalhadores e vivemos dos nossos sal�rios. Precisamos ter respostas para os nossos pleitos salariais. N�o estamos pedindo nada excepcional.”
De acordo com Sant'Anna, a expectativa de ambas as carreiras � que a paralisa��o n�o leve a um impasse constitucional e que haja bom senso no di�logo com os tr�s Poderes. “O Supremo Tribunal Federal (STF) tem sido conservador na aprecia��o dos pleitos da magistratura. Isso nos incomoda. N�o temos a quem recorrer. E h� uma ina��o do Congresso Nacional em resolver o problema”, destacou.