As bancadas do PSDB e do DEM iniciam nesta ter�a-feira a coleta de assinaturas para criar a Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) encarregada de aprofundar as investiga��es sobre o esquema de venda de pareceres t�cnicos em �rg�os p�blicos.
O l�der do PSDB, senador Alvaro Dias (PR), lembra que a Pol�cia Federal n�o quebrou o sigilo telef�nico de Rosemary, ao contr�rio do que ocorreu com os demais envolvidos. "A intercep��o telef�nica � um ritual de qualquer investiga��o policial e os telefones de uma pe�a essencial da quadrilha (Rosemary) n�o foram interceptados", critica. "� um peso e duas medidas", sustenta, ao explicar os motivos de cria��o da CPI.
O senador afirma que � not�ria a rela��o de Rosemary com o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva. "Ela foi nomeada por ele, mantida no cargo por ele, ele foi seu advogado para que se mantivesse no cargo no governo Dilma, e todas as investiga��es da Pol�cia Federal demonstram existir uma proximidade �ntima do ex-presidente com a ex-chefe de gabinete da Presid�ncia em S�o Paulo".
Alvaro Dias reitera as dificuldades em conduzir uma CPI contra a maioria de senadores aliados do governo. "N�s n�o criamos falsas expectativas, sabemos que n�o temos o n�mero suficiente de assinaturas e que dependemos dos governistas", explica. Lembra, no caso, que PSDB e DEM possuem apenas 14 senadores, mais o apoio do senador do PSOL Randolfe Rodrigues (AP). Ficam faltando 12 assinaturas para se atingir o m�nimo necess�rio de 27 apoiadores para criar a comiss�o. O n�mero para a cria��o de uma CPI costuma ser alcan�ado com o apoio de filiados a partidos da base, como Jarbas Vasconcelos (PE) e Pedro Simon (RS) do PMDB; Pedro Taques (MT) e Cristovam Buarque (DF) do PDT; e de outros parlamentares governistas.
O l�der tucano refor�a que, na pior das hip�teses, o requerimento da CPI da Rosemary vai mostrar � popula��o brasileira quem no Senado compactua com o esquema e quem � contr�rio.