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Estado de Minas

Movimento nacional defende que a Ficha Limpa seja efetivamente colocada em pr�tica

Objetivo � punir pol�ticos com processos tramitando na Justi�a e cobrando maior transpar�ncia


postado em 10/12/2012 00:12 / atualizado em 10/12/2012 08:22

Daniel Camargos


"A gente percebe que o movimento est� fazendo uma Primavera Brasileira sem derramamento de sangue, de forma pac�fica, propositiva" - Jovita Rosa, presidente do Instituto de Finan�as e Controle

No Dia Internacional de Combate � Corrup��o, celebradonesse domingo, o pedido da sociedade foi  que os tribunais julguem os pol�ticos e que os corruptos sejam barrados pela Lei da Ficha Limpa e n�o assumam o cargo nem possam disputar outras elei��es nos pr�ximos anos. O coordenador do comit� mineiro do Movimento de Combate � Corrup��o Eleitoral (MCCE), Anivaldo Matias de Souza, se reuniu ontem com outros coordenadores da entidade e preparou uma carta para ser entregue ao presidente do Tribunal de Justi�a de Minas Gerais (TJMG), Joaquim Herculano Rodrigues. O objetivo � tornar a Ficha Limpa uma realidade, julgando e punindo os pol�ticos que t�m processos em tramita��o. “Para alcan�ar esse objetivo, torna-se imperioso o julgamento dos processos que tratam dos temas abarcados pela Lei da Ficha Limpa e que tramitam nesste tribunal, para que a lei possa ser efetivamente aplicada”, relata a carta, que ser� entregue ao presidente do TJMG depois de amanh�.

O MCCE de S�o Paulo j� pediu agilidade da Justi�a e, de acordo com Anivaldo, as representa��es do MCCE nos estados far�o o mesmo movimento. Em Minas Gerais, o MCCE recebe o apoio do Vicariato Episcopal para A��o Social e Pol�tica da Arquidiocese de Belo Horizonte, do Sindicato dos Engenheiros no Estado de Minas Gerais (Senge), da ONG M�os Limpas, do sindicato dos trabalhadores de empresas de �gua (Sind�gua), da ONG Nossa BH e do sindicato dos trabalhadores em telecomunica��es (Sinttel).

A data para destacar o combate � corrup��o foi institu�da na Conven��o das Na��es Unidas em 2003, na cidade de M�rida, no M�xico. Em refer�ncia a essa data, 9 de dezembro foi ent�o institu�do como Dia Internacional contra a Corrup��o, resultado de proposta feita pela delega��o brasileira na conven��o de m�rida. No Brasil, quem acompanha a implementa��o da conven��o e de outros compromissos internacionais assumidos pelo pa�s � a Controladoria Geral da Uni�o (CGU).

Em Bras�lia, o Dia Internacional de Combate � Corrup��o foi comemorado com uma corrida que reuniu cerca de 1,2 mil atletas inscritos, al�m dos que participaram, informalmente, no Eixo Monumental, uma das principais vias da cidade. Os atletas aproveitaram a competi��o para celebrar medidas de combate � corrup��o, como a Lei da Ficha Limpa e o julgamento do mensal�o.

Ziller Henrique, um dos organizadores da corrida e auditor do Tribunal de Contas da Uni�o (TCU), disse que a Corrida contra a Corrup��o n�o foi criada para ser mais um protesto: “O evento � para celebrar os avan�os consistentes que temos visto ao longo dos anos no combate � corrup��o e dar mais visibilidade ao movimento”. Para Jovita Rosa, presidente do Instituto Finan�as e Controle (IFC), entidade que organizou a corrida e coordena o Movimento Nacional da Ficha Limpa, a mobiliza��o social j� mostra resultados. “A gente percebe que o movimento est� fazendo uma Primavera Brasileira (refer�ncia � Primavera �rabe, movimento popular que derrubou ditaduras em pa�ses isl�micos) sem derramamento de sangue, de forma pac�fica, propositiva, e vamos avan�ar e vencer a corrup��o.”

REFORMA O juiz Marlon Reis, um dos coordenadores nacionais do MCCE, rede com mais de 50 entidades nacionais, a sociedade deve se mobilizar para a reforma pol�tica. “Todo mundo fala que a reforma pol�tica � fundamental no pa�s, ent�o temos que come�ar a agir de acordo com essa convic��o. N�o se deve esperar pelo Congresso Nacional apenas. A sociedade pode se articular e se mobilizar para esse fim”, disse o juiz.

Marlon Reis explicou que um dos efeitos pr�ticos da reforma pol�tica ser� a transpar�ncia no processo de financiamento das campanhas. Ele defende que empresas privadas sejam proibidas de doar dinheiro para promover candidaturas no pa�s. “O que vemos hoje � que a maior parte das doa��es � feita por bancos, mineradoras e empreiteiras. � claro que a maioria faz isso por interesse, para manter uma proximidade com o poder. Isso deveria ser eliminado do processo eleitoral”, disse, acrescentando que o financiamento deveria ser feito, em boa parte, pela participa��o do cidad�o “com quantias pequenas, mas que representam uma colabora��o c�vica”. (Com ag�ncias)

Cachoeira

O relator da CPI do Cachoeira, deputado federal Odair Cunha (PT-MG), cedeu � press�o dos chamados parlamentares independentes e j� admite alterar ainda mais o relat�rio final da comiss�o. A duas semanas do encerramento dos trabalhos e sem garantias de que o documento ser� aprovado, ele estuda incluir detalhes sobre as 21 empresas de fachada ligadas ao grupo criminoso. Elas foram supostamente usadas para movimentar recursos ilegais da Delta Constru��es. Criada para avan�ar nas apura��es da Pol�cia Federal sobre as rela��es de Cachoeira com pol�ticos, a CPI evitou o aprofundamento ao engavetar requerimentos para a quebra de sigilos de in�meras empresas e aliados pol�ticos. Em meio ao fogo cruzado, Odair acusa a oposi��o de pression�-lo para retirar do texto o pedido de indiciamento do governador de Goi�s, Marconi Perillo (PSDB), o �nico citado.


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