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Estado de Minas

FHC defende in�cio do julgamento do mensal�o mineiro


postado em 19/12/2012 19:53 / atualizado em 19/12/2012 19:56

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso defendeu nesta quarta-feira que o Supremo Tribunal Federal (STF) inicie o julgamento do chamado mensal�o mineiro, esquema de desvio de recursos p�blicos que abasteceu caixa de campanha de pol�ticos tucanos locais. Ele criticou o fato do processo do mensal�o do PT, conclu�do esta semana, ter paralisado o Pa�s. Para o ex-presidente, isso mostra que ainda n�o existe "um sentimento efetivo do respeito � lei" no Brasil.

"O Brasil ficou quase paralisado frente a um julgamento quando deveria ser uma coisa normal. Por qu�? � que tem gra�dos a� sendo julgados. O que mostra que � inusitado. Um pa�s que ainda tem pouco respeito � igualdade, pelo menos perante a lei, n�o d�. O fundamento da democracia � a igualdade", afirmou o ex-presidente, em discurso na Associa��o Comercial do Rio.

Questionado se essa critica se estendia ao fato de ainda n�o ter sido julgado o mensal�o tucano de Minas Gerais, FHC disse que suas declara��es valem para todos. "Isso vale para todos. N�o sou uma pessoa de ficar... Est� ou n�o errado? N�o sou juiz. N�o sei. Tem que julgar e julgar r�pido", afirmou. O ex-presidente tamb�m disparou cr�ticas contra o Congresso, a CPI do Cachoeira e a correligion�rios. Para ele, o Brasil precisa passar por uma "sacudida forte" e que � necess�rio iniciar um movimento para se construir um pa�s decente.

"Estamos todos vendo que o rei est� nu. E temos medo de dizer que o rei est� nu. Um dia o povo vai dizer que o rei est� nu, e nos enganou. N�o vamos nos enganar mais, vamos falar com franqueza, com sinceridade, e assim vamos ajudar a conduzir um Brasil melhor para todos n�s", disse FHC, ao fim do discurso.

Posteriormente, ele negou que estava se referindo ao ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, alvo de mais uma s�rie de den�ncias nas �ltimas semanas. "Eu n�o fa�o insinua��es. Quando eu digo, eu digo. J� escrevi uma vez sobre o Lula um artigo com esse t�tulo (O Rei est� nu), mas n�o foi agora. Faz oito anos. Agora eu disse metaforicamente. As coisas est�o erradas e todos n�s estamos vendo. N�o foi pessoal", afirmou FHC.

Ao analisar a maneira como o poder p�blico vem conduzindo quest�es importantes para toda a sociedade, o ex-presidente comparou o momento atual com o per�odo da ditadura militar: "Estamos vivendo de novo como se vivia nos anos 70. Projeto impacto. O governo decide, publica e acabou", criticou o ex-presidente, citando a import�ncia de se debater temas nacionais e dando como exemplo a quest�o dos royalties do petr�leo.

FHC disse ainda considerar falsa a crise entre o Congresso e o STF, por conta da cassa��o dos mandatos de deputados condenados no mensal�o e quest�es referentes aos royalties do petr�leo. "N�o h� crise nenhuma. Tudo � uma quest�o de interpreta��o. Uma vez que o Supremo toma a decis�o de suspender os direitos pol�ticos, n�o h� como a pessoa exerc�-lo. Agora, eu entendo que se informa � C�mara, que dever� tomar uma decis�o formal de levar adiante a execu��o do caso. Fora disso, acho que � uma tempestade em copo d'�gua", disse.

O ex-presidente tamb�m manifestou contrariedade em rela��o ao correligion�rio Teot�nio Vilela Filho, governador de Alagoas, que integrou na ter�a-feira (18) uma comitiva de chefes de executivos estaduais que foram prestar apoio a Lula. Tamb�m sobrou cr�tica indireta ao governador de Goi�s, Marconi Perillo, e � bancada tucana no Congresso. FHC reclamava de "um vazio" do Congresso no exerc�cio do poder e na atua��o de fiscaliza��o ao Poder Executivo. Neste caso, citou o fracasso da CPI do Cachoeira. "Veja o caso desta CPI, n�o estou de acordo com o que houve. N�o tenho por que me solidarizar com erro, mesmo do meu partido", disse.


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