A reinaugura��o do Mineir�o, nesta sexta-feira, exatamente no dia programado no in�cio da reforma, sem qualquer atraso, � o resultado de um planejamento rigoroso e de uma soma de outros fatores, entre eles o ineditismo de uma parceria p�blico-privada (PPP) firmada pelo governo de Minas no valor de R$ 665 milh�es. A entrega do empreendimento respeitando o cronograma inicial coloca Belo Horizonte como uma refer�ncia para o pa�s. A estrat�gia escolhida para execu��o da obra e administra��o do novo equipamento aposta na presta��o de servi�o de qualidade condicionada aos gastos do Executivo mineiro com o novo est�dio. Entre outras coisas, isso significa dizer que caso o usu�rio n�o fique satisfeito com as instala��es as empresas do cons�rcio respons�vel pela obra ser�o obrigadas a promover descontos nas parcelas devidas pelo governo de Minas.
Do total gasto para entregar o Mineir�o ao p�blico como um est�dio de Primeiro Mundo, 98,3% vieram do setor privado, que ficou respons�vel pela execu��o da obra e vai administrar o campo por 25 anos. O cons�rcio formado por tr�s construtoras, que investiu R$ 654 milh�es, no entanto, vai ter que prestar um servi�o de alta qualidade para obter retorno com o est�dio. A concess�o para uso comercial – lojas, estacionamento, shows, etc. – � uma das apostas das empresas para tornar o empreendimento lucrativo, e caso o retorno seja positivo, as contrapartidas firmadas com o Pal�cio da Liberdade ter�o descontos, podendo representar uma economia de R$ 300 milh�es aos cofres p�blicos.
O governador Antonio Anastasia (PSDB) disse que apesar de a reforma do est�dio ter sido motivada pela Copa do Mundo no Brasil, ele foi concebido para ter alcance maior e servir � cidade, mesmo depois do evento. “O novo Mineir�o � uma das arenas multiuso mais modernas do mundo, com capacidade para receber qualquer tipo de evento, com reflexos para o turismo em todo o estado. O nosso est�dio � din�mico e foi reconstru�do com uma concep��o contempor�nea, tendo como proposta b�sica a funcionalidade. Os mineiros poder�o utiliz�-lo n�o apenas durante os campeonatos de futebol, mas em todo tipo de atividade esportiva e cultural. Estamos entregando um espa�o de conviv�ncia, com lojas, restaurantes e um museu do futebol, tudo de acordo com o conceito de arena multiuso”, explicou.
Depois de considerar um marco a entrega do est�dio no prazo acordado, Anastasia disse que o governo apostou na parceria p�blico-privada porque o cons�rcio de empresas “det�m a experi�ncia de administra��o desse tipo de neg�cio”. No mesmo tom de satisfa��o, o senador A�cio Neves (PSDB-MG), que no seu governo iniciou as obras conclu�das por Anastasia, lembrou que al�m da pr�pria reforma do Mineir�o o sucesso da iniciativa teve ainda o suporte de um planejamento da cidade iniciado ainda em 2003, com a cria��o da Linha Verde, a duplica��o das avenidas Ant�nio Carlos e Cristiano Machado, que criaram novos eixos de integra��o com a Regi�o Norte da capital. “O cumprimento do cronograma e a PPP colocam Minas na vanguarda, demonstram uma gest�o eficiente. Al�m disso, outras a��es coordenadas, como os novos eixos vi�rios, integraram o Mineir�o � cidade”, disse.
Metas
Segundo o gerente do programa de PPP do governo de Minas, Marcos Siqueira, ao priorizar o cumprimento de metas para a presta��o servi�os por meio de indicadores de qualidade, ficar� garantida uma rela��o de ganho tanto para os setores p�blico e privado, quanto para os usu�rios. Isso porque a satisfa��o do servi�o oferecido ao torcedor ser� um dos aspectos determinantes para o pagamento ao cons�rcio que administrar� o est�dio. “Acreditamos nesse mecanismo como forma de gerar efici�ncia na gest�o. Em vez do modelo tradicional, em que a empresa respons�vel entrega a obra pronta e depois n�o tem mais qualquer interesse na gest�o ou na qualidade do material usado, a opera��o do novo Mineir�o por 27 anos foi pensada desde o in�cio junto da execu��o da obra”, explica Siqueira.
Por meio de pesquisas de opini�o semestrais com o p�blico, o governo e o cons�rcio administrador v�o poder acompanhar a satisfa��o com as novas instala��es. Tamb�m ser�o avaliados entre os usu�rios (torcedor, imprensa e clubes) outros itens ligados a presta��o de servi�o, como limpeza das instala��es, seguran�a e manuten��o da infraestrutura. Caso o retorno seja negativo, o estado poder� impor penalidades aos administradores, reduzindo os repasses e at� mesmo interrompendo a concess�o do est�dio. “A qualidade do que ser� entregue ao p�blico foi colocada em primeiro lugar. Essa parceria teve algumas peculiaridades importantes, com um investimento privado e garantias de que o retorno ficar� condicionado ao bom desempenho”, ressalta o gerente do programa de PPP.