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Estado de Minas TODAS AS DILMAS DE MINAS

Aumenta n�mero de mulheres eleitas em Minas

Presidente vira refer�ncia para os eleitores, o que explica aumento do n�mero de mulheres candidatas e daquelas que conquistaram o comando da prefeitura ou uma vaga nas c�maras


postado em 28/12/2012 00:12 / atualizado em 28/12/2012 09:28

Depois de v�rias tentativas, elas decidiram voltar �s ruas este ano para pedir votos. Desta vez, por�m, encontraram um eleitor com uma nova refer�ncia: “Se uma mulher pode governar o Brasil, por que n�o a cidade?”. Muitas das 71 mulheres que v�o assumir o comando de prefeituras em Minas Gerais a partir de janeiro ouviram frases semelhantes durante a campanha. Algumas chegaram a usar jingles que remetiam � ideia de que “as mulheres, enfim, v�o dominar o mundo”. Agora, eleitas em cidades onde o poder, tradicionalmente na esfera masculina, nunca foi exercido por uma mulher, elas prometem uma gest�o que se inspira em caracter�sticas que percebem na presidente Dilma Rousseff (PT). Determina��o e firmeza s�o pontos que as prefeitas de primeira viagem querem adotar como marca da administra��o.


Se para as c�maras municipais do estado o aumento das candidaturas femininas n�o foi acompanhado em igual propor��o do n�mero de cadeiras conquistadas por mulheres, para os cargos executivos, entre 2008 e 2012, n�o s� mais mulheres concorreram, como tamb�m um n�mero maior delas venceu as elei��es.

Se o efeito “Dilma” n�o explica, segundo garantem as prefeitas eleitas, a sua disposi��o em concorrer – uma vez que grande parte delas vem de tentativas anteriores –, o fato � que com a elei��o da presidente o eleitor passou a avaliar de outra forma as mulheres candidatas ao Executivo. “A credibilidade da mulher cresceu”, afirma Maria Ivone (PV), primeira mulher eleita prefeita em Malacacheta, no Vale do Jequitinhonha. Ivone, que entrou para a pol�tica pelas m�os do seu irm�o, o deputado federal Fabinho Lideran�a (PV), derrotou o prefeito Padre Aureliano (PTC), que concorria � reelei��o. “Em 2008, disputei as elei��es e perdi para o padre por 900 votos. Agora tentei de novo. A coisa melhorou muito depois de Dilma”, avalia.

N�o apenas numericamente, mas tamb�m proporcionalmente ao n�mero de candidaturas femininas, h� crescimento na participa��o de mulheres no poder local em Minas. Em 2008, 171 candidatas disputaram as prefeituras no estado. Foram eleitas 51, um sucesso eleitoral de 29,8%. Neste pleito, 230 mulheres enfrentaram as urnas para governar as cidades, um aumento de 35%. Venceram 71, ou seja, 31% daquelas que concorreram tiveram �xito . O n�mero de vereadoras eleitas no estado cresceu 13% de 2008, quando 831 conquistaram uma cadeira, para 941 em 2012.

DOIS LADOS DA DISPUTA Entre as 71 mulheres escolhidas para comandar as cidades, 15 foram reeleitas. Treze delas bateram nas urnas prefeitos que concorriam a um novo mandato e 23 disputaram contra candidatos apoiados pelos atuais prefeitos. Apenas 20 v�o suceder prefeitos aliados que sustentaram as suas candidaturas.

Houve elei��es tranquilas. � o caso de Sericita, na Zona da Mata, onde a candidata �nica, Marilda Eni Coelho Reis (PSDB), mulher do ex-prefeito Robson Cruz, conseguiu alinhavar em torno de sua candidatura um amplo espectro partid�rio – do PSDB ao PT. Ela suceder� o prefeito democrata Ant�nio S�rgio da Cruz, tamb�m candidato �nico em 2008, que, quando sonhou em iniciar as articula��es para a sua reelei��o este ano, descobriu que os aliados j� estavam apoiando Marilda.

Em Formoso, no Noroeste de Minas; Gon�alves, no Sul de Minas; e em Manhumirim, na Zona da Mata, as disputas, no entanto, foram t�o acirradas quanto podem ser em pequenas cidades, onde os desafiantes enfrentam candidaturas apoiadas pelo prefeito.

A empres�ria Darci Maria Braga (PTB), ex-vereadora e candidata derrotada em 2008 pelo atual prefeito de Manhumirim, Ronaldo Correa (PT), persistiu. Voltou a concorrer, desta vez em coliga��o com o PSDB, o PP e o PV, contra o candidato do prefeito, Paulo Roberto Corr�a (PT), ex-secret�rio municipal de Cultura e Esporte. Um terceiro nome, Luciano Machado (DEM), ligado ao deputado estadual Z� Henrique (PMDB), tamb�m entrou no p�reo.

“O povo estava decidido a ter mudan�a”, afirma a prefeita eleita, que ser� n�o apenas a primeira mulher a governar a cidade. “Pela primeira vez � eleito algu�m nascido aqui. Todos os prefeitos que ganhavam aqui vinham de fora”, conta Darci. A campanha foi dura. “Concorri com um candidato do prefeito com a m�quina na m�o. Lutamos muito.” Mas ela encontrou nas ruas um eleitor diferente daquele de 2008. “A cabe�a mudou, muito por causa da Dilma. Viram que as mulheres est�o mais atuantes e desenvolvem um trabalho melhor. Perderam o preconceito. Muitos falavam assim: � Dilma l� e Darci aqui”, lembra ela, que, por ironia, derrotou um prefeito petista e seu candidato tamb�m do PT.

Decidida a mostrar que far� diferen�a, Darci j� elegeu as suas prioridades. “Haver� mudan�a radical no atendimento � sa�de e em todos os servi�os da prefeitura para atender a popula��o, pois o cargo de prefeito � passageiro. Mas a vida da gente continua aqui, na cidade”, avisa, com uma republicana lucidez, postura desejada mas nem sempre encontrada nos mandat�rios eleitos para os cargos executivos.

PULSO FIRME Tamb�m em Formoso, Maria Domingas Marchese (PMDB), a Nena, teve l� os seus percal�os na disputa com o candidato Irineu Balbinot (PR), apoiado pelo prefeito Luiz Carlos da Silva (PPS). Foi no voto a voto que a primeira mulher eleita na cidade alcan�ou 54,7% do total v�lido, uma diferen�a de 461 votos sobre o advers�rio.  “Dilma na Presid�ncia contribuiu muito. Os eleitores faziam compara��es: se a mulher � capaz de governar o pa�s, por que n�o vai governar bem a cidade?”, lembra a prefeita eleita. Mirando-se no exemplo de Dilma, Nena avisa: “Terei pulso firme para conduzir nossa cidade. N�o terei medo. Como Dilma, vou mandar embora quem tenha errado ou promovido o malfeito”.

Assim como Nena, Lourdinha, eleita para governar Gon�alves, foi derrotada h� oito anos pelo atual prefeito Luiz Rosa (PR). A hora da revanche chegou neste pleito. Ela, que � funcion�ria municipal h� 16 anos, bateu nas urnas Jos� Donizetti da Silveira (PR), apoiado por Luiz Rosa. “Dilma foi uma grande refer�ncia para o eleitor. Sentimos isso durante a campanha. Por que n�o votar numa mulher se nossa presidente � mulher?”, conta Lourdinha do alto do seu 1,49m.

Ela anuncia um governo “mais sens�vel”, voltado para as quest�es sociais. De Dilma, ela adotar� as caracter�sticas que considera mais importantes em um governante: determina��o e neutralidade na hora de se posicionar em rela��o aos seus aliados. “Diante de qualquer problema ou dificuldade, ela busca conhecer para depois defender quem quer que seja. E toma as decis�es necess�rias. Doa em quem doer”, afirma Lourdinha.

 


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