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Estado de Minas

PF adiou opera��o ao descobrir elo com Rose


postado em 02/01/2013 09:31 / atualizado em 02/01/2013 10:05

A descoberta do envolvimento da ent�o chefe de gabinete da Presid�ncia da Rep�blica em S�o Paulo, Rose Noronha, e do ent�o advogado-geral adjunto da Uni�o, Jos� Weber Holanda, com o grupo acusado de comercializar pareceres t�cnicos de �rg�os p�blicos para beneficiar empresas privadas levou a Pol�cia Federal a adiar por quase oito meses a deflagra��o da Opera��o Porto Seguro.

Os investigadores estavam prestes a fazer buscas nas casas e escrit�rios de somente quatro suspeitos em mar�o de 2012, mas desistiram depois que escutas telef�nicas revelaram a participa��o de autoridades no esquema. A opera��o s� foi deflagrada de fato em 23 de novembro, com buscas em 44 endere�os. No total, 24 pessoas foram denunciadas por envolvimento no esquema.

At� a data da expedi��o dos primeiros mandados de busca, a PF s� havia recolhido provas sobre uma oferta de propina do ent�o diretor da Ag�ncia Nacional de �guas (ANA), Paulo Vieira, para ao ex-auditor do Tribunal de Contas da Uni�o (TCU) Cyonil Borges. Em troca do pagamento de R$ 300 mil, Cyonil deveria redigir um parecer t�cnico favor�vel a um projeto da empresa Tecondi, que era ligada a Vieira.

Em 16 de mar�o, os investigadores obtiveram da Justi�a Federal a autoriza��o de quebra do sigilo telef�nico e mandados de busca nos endere�os residenciais e comerciais de Vieira, de seus dois irm�os e do vice-presidente da Tecondi, Carlos Cesar Floriano. Os policiais teriam at� 60 dias para entrar nas casas e escrit�rios para colher provas relacionadas ao suposto crime.

Relat�rios da opera��o apontam que a investiga��o quase foi encerrada naquele momento, antes que os policiais descobrissem que a quadrilha tamb�m comercializou pareceres para beneficiar outras empresas.

Nas semanas seguintes, no entanto, os telefonemas e e-mails interceptados pela PF revelaram que o esquema tinha uma dimens�o maior do que um ato isolado de corrup��o e envolvia autoridades de diversos �rg�os federais. Os investigadores perceberam que seria necess�rio adiar a opera��o para monitorar os novos suspeitos e conseguir mais detalhes sobre o esquema.

Caso os policiais entrassem nas casas e escrit�rios do grupo, os suspeitos tomariam conhecimento sobre a investiga��o imediatamente e interromperiam o funcionamento da quadrilha, o que praticamente impediria a obten��o de novas provas.

“Diante das novas evid�ncias que est�o sendo coletadas e considerando que eventual a��o ostensiva, neste momento, poderia prejudicar a efici�ncia da investiga��o, acreditamos que seja necess�ria a expedi��o de novos mandados”, escreveu o delegado Ricardo Hiroshi, da PF, em of�cio enviado � ju�za federal Adriana de Zanetti, em 9 de maio.

O adiamento foi fundamental para que a PF descobrisse a extens�o das atividades da quadrilha. Em abril e maio, os investigadores foram surpreendidos por trocas de mensagens eletr�nicas entre Paulo Vieira e Rose, ent�o chefe de gabinete da Presid�ncia em S�o Paulo. Os e-mails davam os primeiros sinais de uma rotina de troca de favores mantida pela dupla, que seria revelada nos meses seguintes. Rose providenciava reuni�es com autoridades e indica��es para cargos p�blicos em troca de presentes, como passagens para um cruzeiro.


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