Uma rea��o em cadeia. Se o governo federal aceita discutir com o novo prefeito de S�o Paulo um afrouxamento da exig�ncia de pagamentos anuais que a prefeitura faz � Uni�o para rolar sua d�vida, os Estados governados por petistas tamb�m v�o querer o mesmo. “Qualquer discuss�o que represente uma abertura de espa�o fiscal no or�amento ser� muito bem-vinda e, a rigor, abrange todos os Estados e munic�pios endividados”, disse o governador de Sergipe, Marcelo D�da (PT).
O volume devido pelo governo ga�cho � um dos que mais se aproximam da d�vida acumulada pela prefeitura paulistana. Haddad precisa honrar um endividamento de R$ 53 bilh�es com a Uni�o, com pagamentos anuais perto de R$ 3 bilh�es. Caso sua proposta de reduzir a carga de repasses seja aceita pelo governo federal, a Prefeitura teria cerca de R$ 1 bilh�o extra em caixa por ano. “Se abrir uma negocia��o com um ente, seja ele um munic�pio ou um Estado, o governo federal vai ter de negociar com todo mundo” avisou tamb�m Luiz Petitinga, secret�rio de Fazenda do governo Jacques Wagner (PT), da Bahia.
Com uma d�vida estimada em R$ 5 bilh�es, o secret�rio elogiou o primeiro passo dado pela presidente Dilma, que enviou projeto ao Congresso para reduzir o indexador da d�vida. “Isso j� reduz muito o repasse, mas sem sombra de d�vida que uma mudan�a no teto da receita seria necess�ria para fazer os pagamentos diminu�rem ainda mais”, disse.
Mesmo estados menores defendem a renegocia��o. “Seria muito vantajoso para n�s, estamos atentos”, disse M�ncio Cordeiro, secret�rio de Fazenda do Acre, governado por Ti�o Viana (PT). O Acre paga R$ 400 milh�es por ano � Uni�o.