(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Prefeitos mais experientes evitam parcerias com o governo federal


postado em 23/01/2013 06:00 / atualizado em 23/01/2013 07:06


O prefeito de Ipui�na, no Sul de Minas, Elder C�ssio de Souza Oliva (PR), presidente da Associa��o dos Munic�pios do Alto Rio Pardo, tem hoje poucos conv�nios com o governo federal. E promete levantar a voz durante o encontro dos novos gestores para falar do descr�dito que o levou a evitar as parcerias com a Uni�o. “N�o assinei mais porque perdi a confian�a. Tive tr�s conv�nios, um para construir campos de futebol e dois para pavimenta��o, que n�o sa�ram do papel. Era para conseguir em torno de R$ 800 mil em 2009, 2010 e 2011, mas a documenta��o � muito complicada e a maioria de n�s deve ao INSS, ent�o n�o conseguimos pegar a certid�o para buscar mais verba”, conta.

A cobran�a de Elder ser� por mais sensibilidade. “Como sou reeleito, posso dizer que o que queremos � que o governo federal cumpra o que promete e n�o enrole mais os munic�pios”, afirmou. O maior problema da cidade hoje � uma d�vida de mais de R$ 2 milh�es com o INSS, acumulada em mais de 20 anos. Na cidade, com cerca de 10 mil habitantes, a falta de recursos para investimento e as obras n�o feitas s�o cobradas diretamente na porta do prefeito. “Tem prefeito na regi�o que n�o consegue pagar a folha, com o dinheiro bloqueado. Ent�o, o que esperamos � seriedade. N�o pode pagar R$ 1 milh�o? Ofere�a R$ 500 mil, mas pague”, reclamou.

Tamb�m em segundo mandato, Jos� Barcia Neto (PSDB) teve de aumentar impostos em 15% logo que chegou pela primeira vez � Prefeitura de S�o Louren�o, no Sul do estado, para conseguir trabalhar. “Isso que est� me dando f�lego, mas n�o � a realidade dos meus vizinhos. S�o cerca de 100 cidades em situa��o complicad�ssima. A maioria vai ter de fechar servi�os b�sicos por falta de verba para custeio”, conta. A vantagem de S�o Louren�o � ser uma cidade tur�stica e, por isso, ter arrecada��o pr�pria. O �ltimo parcelamento da d�vida com o INSS, para ele, foi pior que o anterior, o que fez com que muitos preferissem n�o mudar. Da presidente Dilma, o prefeito pretende cobrar uma solu��o para o Rio Verde, que precisa ter o fluxo de �gua regularizado para evitar enchentes nos cerca de 40 munic�pios que o rodeiam.

Entre os novatos, as queixas s�o praticamente as mesmas. Caixa vazio e dificuldade de cumprir conv�nios. O piso salarial dos professores e o aumento do sal�rio m�nimo, segundo o prefeito Geraldo Ant�nio da Silva (PSD), de Carm�polis de Minas, no Centro-Oeste, v�o deixar o munic�pio com dificuldade de cumprir a folha de pagamento do funcionalismo. Ainda sem a contabilidade de dezembro, ele n�o sabe qual a d�vida do munic�pio, mas encontrou a frota de ve�culos sucateada e excesso de funcion�rios na folha. “Vamos buscar conv�nios, pois n�o sobrevivemos sem, mas primeiro observando a contrapartida”, disse.

Em Pimenta, tamb�m no Centro-Oeste, o prefeito estreante Ailton Costa (PR) diz estar endividado em cerca de R$ 6 milh�es. Depois que conseguiu as chaves da prefeitura, descobriu que faltava pagar R$ 800 mil dos sal�rios de dezembro e o 13º do funcionalismo; R$ 600 mil a fornecedores; e R$ 793 mil em precat�rios. O rombo com o INSS � de R$ 2,6 milh�es. A conta de luz do hospital quase foi cortada por falta de pagamento. “A gente esperava que o governo visse a situa��o e disponibilizasse uma parcela extra para os munic�pios pequenos. Est� muito dif�cil. Tem funcion�rio com dinheiro para receber nos procurando para pedir dinheiro para comprar leite”, afirma Costa. Ainda assim, o prefeito est� esperan�oso do encontro com a presidente Dilma e pretende pedir ajuda para comprar uma m�quina niveladora para o munic�pio e para a constru��o de uma ponte. “Estamos precisando � de socorro”, resumiu.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)