Consolidadas as vit�rias de Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) para a Presid�ncia da C�mara e Renan Calheiros (PMDB-AL) para o comando do Senado e escolhidos os dois l�deres do PMDB nas duas Casas – Eduardo Cunha (RJ) e Eun�cio Oliveira (CE) –, o Planalto se prepara para conviver com os peemedebistas ao longo deste ano. O governo cerca-se de cuidados, aposta na parceria com o partido que tem a vaga de vice na chapa presidencial, pois sabe que 2013 � vital para a reelei��o de Dilma Rousseff.
Da mesma forma, Eduardo Cunha (RJ) deve ser monitorado de perto. Ele j� tinha tentado minimizar os sinais de atrito no domingo, ap�s ser eleito l�der da bancada, afirmando que “sempre votou com a presidente Dilma Rousseff”. Ontem, ap�s a vit�ria de Henrique Alves, Cunha voltou a negar a possibilidade de divis�es internas, j� que venceu apenas no segundo turno contra o companheiro Sandro Mabel (GO). “N�s todos estamos juntos no mesmo prop�sito, que � a pacifica��o da bancada, fazer com que a bancada tenha atua��o forte no plen�rio e ajude o governo a governar o pa�s”, afirmou Cunha. Um petista influente elogiou o parlamentar fluminense, mas ressaltou que as qualidades dele merecem aten��o redobrada. “Eduardo Cunha � inteligente, disciplinado, entende de regimento e � bastante focado”, disse o congressista, insinuando que � preciso ter cuidado com os pontos que o peemedebista vai mirar daqui para a frente.
Nomea��es
De todos os tr�s, o mais f�cil de contornar seria Henrique Alves. Companheiros de partido afirmam que ele n�o � ousado e agressivo como Eduardo Cunha e Renan, mas age muito mais pela emo��o do que pela raz�o. Teria sido assim nas vezes em que confrontou o Planalto nas nomea��es de cargos, sobretudo para o setor el�trico e na dire��o do Departamento Nacional de Obras contra a Seca (Dnocs).
Na semana passada, a presidente Dilma Rousseff confirmou a manuten��o de Eduardo Braga (PMDB-AM) e Jos� Pimentel (PT-CE) nas lideran�as do governo no Senado e no Congresso, respectivamente. Ainda n�o teve uma conversa nesse sentido com o l�der Arlindo Chinaglia (PT-SP), mas o Estado de Minas apurou que ele deve ser mantido no cargo.
Al�m de Cunha, o Planalto ter� que lidar com outro l�der partid�rio complicado: Anthony Garotinho (PR-RJ), nomeado l�der da bancada recentemente. “A bancada do PR n�o � t�o homog�nea para que um l�der possa fazer tudo da pr�pria cabe�a. Al�m disso, tem uma ampla parte da bancada que vota com o governo e pode equilibrar esse cen�rio”, torce um aliado da presidente Dilma.
Rejei��o aos petistas
A composi��o da nova Mesa Diretora da C�mara terminou sem surpresas. Todos os candidatos indicados oficialmente pelos partidos acabaram eleitos. A maior disputa ocorreu na escolha do segundo-vice-presidente da Casa. F�bio Faria (PSD-RN) venceu com 20 votos de vantagem sobre o correligion�rio J�lio C�sar (PI), que se lan�ou como avulso.
Na escolha dos outros cargos, a disputa chamou aten��o pelos votos em branco. Os dois petistas que assumiram postos na Mesa tiveram a maior rejei��o. Biffi (PT-MS), eleito quarto secret�rio, recebeu 81 votos em branco. Escolhido vice-presidente, Andr� Vargas (PT-PR) teve 77. “Voto secreto n�o merece interpreta��o”, rebateu Vargas.
Mesmo com a elei��o praticamente garantida, os candidatos fortaleceram a campanha de boca de urna. At� quem n�o tinha concorrente, como o quarto suplente, Wolney Queiroz (PDT-PE), espalhou cabos eleitorais pelos corredores da Casa para distribuir panfletos e exibir cartazes. No fim da disputa, o retrato da campanha de �ltima hora ficou registrado no ch�o do plen�rio, tomado por santinhos e adesivos que sujavam o novo carpete. (PTL e AC)