A proibi��o de coliga��es nas elei��es para deputado, um dos pontos da proposta de reforma pol�tica que a C�mara come�ar� a debater nesta semana, provocaria mudan�as profundas na composi��o de quase todas as bancadas partid�rias j� a partir de 2015. Os maiores beneficiados seriam os partidos mais fortes - apesar disso, as chances de aprova��o s�o m�nimas. Se as coliga��es estivessem proibidas na elei��o de 2010, a atual C�mara dos Deputados seria muito diferente.
O PMDB e o PT teriam, cada um, 30 deputados a mais. Isso representaria um aumento de 38% e 35% no n�mero de vagas peemedebistas e petistas, respectivamente. O PSDB tamb�m levaria vantagem, com sete cadeiras a mais, assim como o PV, com ganho de uma vaga. Todos os demais perderiam, sendo que seis partidos nanicos seriam varridos do Congresso e do mercado do tempo de TV nas campanhas eleitorais. As coliga��es nas elei��es para deputado e vereador n�o s�o permitidas na grande maioria dos pa�ses democr�ticos - o Brasil � uma das exce��es.
Gra�as a esse instrumento, partidos menores conquistam mais cadeiras na C�mara ao pegar "carona" na vota��o dos partidos grandes com os quais se coligam. As caronas s�o necess�rias para os pequenos e m�dios partidos porque eles t�m mais dificuldades para alcan�ar o quociente eleitoral - patamar m�nimo de votos para que uma legenda ou uma coliga��o consiga eleger representantes para a C�mara.
O quociente eleitoral � o resultado da divis�o do total de votos v�lidos pelo n�mero de vagas em disputa em cada Estado. No Cear�, por exemplo, o quociente foi de 193 mil votos na elei��o de 2010. Seis partidos tiveram mais votos do que isso. Tr�s n�o chegaram l� (PDT, PP e PTB), mas conseguiram eleger deputados mesmo assim, pois o patamar m�nimo foi atingido pela coliga��o da qual faziam parte.
Mas por que os partidos maiores d�o "carona" a outras legendas se isso significa ter uma representa��o menor na C�mara? Porque as coliga��es proporcionais (nas elei��es para deputado) s�o uma das "moedas" nas negocia��es de alian�as majorit�rias (elei��es para governador e presidente). Nessa l�gica, partidos pequenos e m�dios cedem seu tempo de propaganda no r�dio e na TV para candidatos majorit�rios de partidos mais fortes e, como uma das contrapartidas, exigem coliga��es nas elei��es proporcionais. Assim, de carona no grandes, garantem vagas na C�mara e, consequentemente, mais tempo de televis�o para negociar na elei��o seguinte. Um ciclo vicioso na pol�tica hoje.
O PMDB e o PT teriam, cada um, 30 deputados a mais. Isso representaria um aumento de 38% e 35% no n�mero de vagas peemedebistas e petistas, respectivamente. O PSDB tamb�m levaria vantagem, com sete cadeiras a mais, assim como o PV, com ganho de uma vaga. Todos os demais perderiam, sendo que seis partidos nanicos seriam varridos do Congresso e do mercado do tempo de TV nas campanhas eleitorais. As coliga��es nas elei��es para deputado e vereador n�o s�o permitidas na grande maioria dos pa�ses democr�ticos - o Brasil � uma das exce��es.
Gra�as a esse instrumento, partidos menores conquistam mais cadeiras na C�mara ao pegar "carona" na vota��o dos partidos grandes com os quais se coligam. As caronas s�o necess�rias para os pequenos e m�dios partidos porque eles t�m mais dificuldades para alcan�ar o quociente eleitoral - patamar m�nimo de votos para que uma legenda ou uma coliga��o consiga eleger representantes para a C�mara.
O quociente eleitoral � o resultado da divis�o do total de votos v�lidos pelo n�mero de vagas em disputa em cada Estado. No Cear�, por exemplo, o quociente foi de 193 mil votos na elei��o de 2010. Seis partidos tiveram mais votos do que isso. Tr�s n�o chegaram l� (PDT, PP e PTB), mas conseguiram eleger deputados mesmo assim, pois o patamar m�nimo foi atingido pela coliga��o da qual faziam parte.
Mas por que os partidos maiores d�o "carona" a outras legendas se isso significa ter uma representa��o menor na C�mara? Porque as coliga��es proporcionais (nas elei��es para deputado) s�o uma das "moedas" nas negocia��es de alian�as majorit�rias (elei��es para governador e presidente). Nessa l�gica, partidos pequenos e m�dios cedem seu tempo de propaganda no r�dio e na TV para candidatos majorit�rios de partidos mais fortes e, como uma das contrapartidas, exigem coliga��es nas elei��es proporcionais. Assim, de carona no grandes, garantem vagas na C�mara e, consequentemente, mais tempo de televis�o para negociar na elei��o seguinte. Um ciclo vicioso na pol�tica hoje.