Bras�lia, 09 - Depois de reuni�o de cerca de duas horas com l�deres partid�rios, o deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP) manteve sua disposi��o de continuar na presid�ncia da Comiss�o de Direitos Humanos da C�mara e cedeu apenas aos apelos para que a realiza��o de reuni�es fechadas na comiss�o n�o seja uma regra.
A reuni�o ocorreu sob clima de forte tens�o. Diferente do esperado, por�m, n�o houve uma press�o maci�a por uma ren�ncia. L�deres de PMDB, PR, PSD, PRB e PMN defenderam que o pastor tinha o direito de continuar no cargo. Do outro lado, al�m do presidente da C�mara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), ficaram, basicamente, os l�deres de PT, PPS, PDT, PCdoB e PSOL. Alguns l�deres n�o chegaram a se pronunciar diante da insist�ncia do pastor em continuar. O PSDB tomou uma decis�o partid�ria de nem sequer participar do encontro ap�s avaliar n�o haver sa�da regimental para resolver o problema.
Segundo o relato de parlamentares, Feliciano portou-se como v�tima de uma persegui��o. Afirmou que nada ia demov�-lo da posi��o de comandar a comiss�o e chegou a pedir "miseric�rdia" dos advers�rios. O pastor chegou a dizer que ir� se policiar em declara��es futuras. Ele cedeu apenas ao apelo para que recuasse da decis�o de fechar todas as reuni�es da comiss�o. Feliciano disse que far� reuni�es abertas, mas que pode recorrer novamente a medidas como a retirada de manifestantes ou a mudan�a de plen�rio caso os protestos impe�am o trabalho do colegiado.
Os deputados contr�rios � perman�ncia de Feliciano defendem a partir de agora que se busque uma alternativa regimental para permitir a retirada de um presidente de comiss�o. Pelas regras atuais, isso s� � poss�vel ao final de um processo no Conselho de �tica por quebra de decoro parlamentar.
Na sa�da da reuni�o, dois deputados bateram boca de forma agressiva. Ivan Valente, l�der do PSOL, dava entrevista com cr�ticas a Feliciano e foi interrompido por gritos de Jair Bolsonaro (PP-RJ). "Voc� � um torturador, deveria estar preso", reagiu irritado Valente. "Se voc� tivesse participado daquele momento estaria no saco, imbecil", disse Bolsonaro. "Torturador", rebateu Valente. "Se tem alguma prova denuncie", afirmou o deputado do PP.