
Bras�lia – A t�o esperada conversa do deputado Marco Feliciano (PSC-SP) com as lideran�as parlamentares e a Mesa Diretora da C�mara, marcada para a �ltima ter�a-feira, serviu para esquentar ainda mais a arranhada rela��o do parlamentar com o PT. Ao ser pressionado a deixar o comando da Comiss�o de Direitos Humanos e Minorias (CDHM), o pastor condicionou a ren�ncia � sa�da dos r�us condenados no processo do mensal�o Jos� Genoino (PT-SP) e Jo�o Paulo Cunha (PT-SP) da Comiss�o de Constitui��o e Justi�a (CCJ). O l�der petista, Jos� Guimar�es (CE), classificou a proposta de “provoca��o” e “desaforo”. Sem a contrapartida, Feliciano disse que fica, mas saiu do encontro com uma bronca do presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), que o obrigou a reabrir as sess�es do colegiado: “Ele vai ter que se comportar”.
Enquanto alguns l�deres, como o do PSDB, Carlos Sampaio (SP), se recusaram a participar do encontro porque n�o vislumbravam qualquer alternativa para a crise, outros sa�ram dele decepcionados. “Foi uma reuni�o totalmente desnecess�ria, sem efeito algum, n�o deveria nem ter participado, foi s� para ouvir desaforos”, reclamou Jos� Guimar�es, referindo-se � condi��o imposta por Feliciano para deixar o comando da CDHM. “Quando ele disse que n�o ia renunciar e pediu que tiv�ssemos miseric�rdia, porque estava sendo perseguido, foi desanimador”, comentou Ivan Valente (SP), l�der do PSOL. “Ele quer se manter a qualquer custo, est� se colocando como v�tima para aproveitar o momento a seu favor e acaba aumentando o impasse”, reclamou o l�der do PPS, Rubens Bueno (PR).
Os apelos pela sa�da, por�m, n�o foram un�nimes. Muitos l�deres evitaram falar e outros defenderam o direito de o pastor se manter na presid�ncia do colegiado. “� l�gico que � uma situa��o delicada para a imagem da Casa, mas, regimentalmente, n�o h� nada a ser feito. Todos temos direito de nos manifestar dentro dos limites da lei”, argumentou o l�der do PSD, Eduardo Sciarra (PR). Com o apoio de parte dos colegas, Feliciano saiu do encontro sentindo-se fortalecido. “A maioria dos l�deres foi a favor da minha perman�ncia, porque � regimental. Eu fico, fui eleito democraticamente. Estou tentando viver, estou com seis quilos a menos. Me deem uma chance de trabalhar”, disse.
Manifestantes
A autoconfian�a do pastor, por�m, esbarrou no Regimento da Casa e na irrita��o de Henrique Alves. A decis�o tomada por Feliciano, na semana passada, de fechar as pr�ximas sess�es da CDHM teve que ser revogada. “Essa hist�ria de comiss�o proibir o acesso do povo �s suas reuni�es � invi�vel, aqui � a Casa do povo”, declarou o peemedebista. A entrada de manifestantes nas reuni�es, a partir de agora, s� poder� ser proibida se os protestos atrapalharem a sess�o.
Al�m de exigir a abertura da comiss�o, Henrique Alves tamb�m criticou o comportamento e os coment�rios de Feliciano. “Ele n�o pode associar a sua palavra de presidente da comiss�o e de pastor, n�o pode ser aqui uma pessoa, exercer a presid�ncia, que tem dever de agregar, e sair daqui e ter uma posi��o diferenciada, em conflito com as minorias”, ponderou. “O compromisso dele agora � que vai se comportar respeitosamente aqui e fora daqui.”
Apesar de n�o haver mais possibilidades regimentais para Feliciano deixar o comando da CDHM, parlamentares contr�rios ao pastor ainda estudam medidas alternativas. Por meio de projetos de resolu��o a serem apresentados � Mesa Diretora, eles querem aumentar o n�mero de integrantes do colegiado, o que poderia esvaziar a hegemonia evang�lica na atual composi��o, ou permitir que um presidente de comiss�o possa ser deposto do cargo pelo Conselho de �tica em caso de quebra de decoro – atualmente, a �nica puni��o poss�vel � a perda de mandato. “Ainda vamos encontrar uma sa�da”, promete Andr� Figueiredo.
Enquanto alguns l�deres, como o do PSDB, Carlos Sampaio (SP), se recusaram a participar do encontro porque n�o vislumbravam qualquer alternativa para a crise, outros sa�ram dele decepcionados. “Foi uma reuni�o totalmente desnecess�ria, sem efeito algum, n�o deveria nem ter participado, foi s� para ouvir desaforos”, reclamou Jos� Guimar�es, referindo-se � condi��o imposta por Feliciano para deixar o comando da CDHM. “Quando ele disse que n�o ia renunciar e pediu que tiv�ssemos miseric�rdia, porque estava sendo perseguido, foi desanimador”, comentou Ivan Valente (SP), l�der do PSOL. “Ele quer se manter a qualquer custo, est� se colocando como v�tima para aproveitar o momento a seu favor e acaba aumentando o impasse”, reclamou o l�der do PPS, Rubens Bueno (PR).
Os apelos pela sa�da, por�m, n�o foram un�nimes. Muitos l�deres evitaram falar e outros defenderam o direito de o pastor se manter na presid�ncia do colegiado. “� l�gico que � uma situa��o delicada para a imagem da Casa, mas, regimentalmente, n�o h� nada a ser feito. Todos temos direito de nos manifestar dentro dos limites da lei”, argumentou o l�der do PSD, Eduardo Sciarra (PR). Com o apoio de parte dos colegas, Feliciano saiu do encontro sentindo-se fortalecido. “A maioria dos l�deres foi a favor da minha perman�ncia, porque � regimental. Eu fico, fui eleito democraticamente. Estou tentando viver, estou com seis quilos a menos. Me deem uma chance de trabalhar”, disse.
Manifestantes
A autoconfian�a do pastor, por�m, esbarrou no Regimento da Casa e na irrita��o de Henrique Alves. A decis�o tomada por Feliciano, na semana passada, de fechar as pr�ximas sess�es da CDHM teve que ser revogada. “Essa hist�ria de comiss�o proibir o acesso do povo �s suas reuni�es � invi�vel, aqui � a Casa do povo”, declarou o peemedebista. A entrada de manifestantes nas reuni�es, a partir de agora, s� poder� ser proibida se os protestos atrapalharem a sess�o.
Al�m de exigir a abertura da comiss�o, Henrique Alves tamb�m criticou o comportamento e os coment�rios de Feliciano. “Ele n�o pode associar a sua palavra de presidente da comiss�o e de pastor, n�o pode ser aqui uma pessoa, exercer a presid�ncia, que tem dever de agregar, e sair daqui e ter uma posi��o diferenciada, em conflito com as minorias”, ponderou. “O compromisso dele agora � que vai se comportar respeitosamente aqui e fora daqui.”
Apesar de n�o haver mais possibilidades regimentais para Feliciano deixar o comando da CDHM, parlamentares contr�rios ao pastor ainda estudam medidas alternativas. Por meio de projetos de resolu��o a serem apresentados � Mesa Diretora, eles querem aumentar o n�mero de integrantes do colegiado, o que poderia esvaziar a hegemonia evang�lica na atual composi��o, ou permitir que um presidente de comiss�o possa ser deposto do cargo pelo Conselho de �tica em caso de quebra de decoro – atualmente, a �nica puni��o poss�vel � a perda de mandato. “Ainda vamos encontrar uma sa�da”, promete Andr� Figueiredo.