Bras�lia – Por falta de acordo, a vota��o da reforma pol�tica, que patina no Congresso h� pelo menos dois anos, foi enterrada de vez nesta semana, segundo os pr�prios parlamentares. Mas os partidos assumem iniciativas paralelas para votar temas de interesse pr�prio. A �ltima manobra foi incluir na pauta do plen�rio, de surpresa, o projeto que pro�be novas siglas de terem acesso ao Fundo Partid�rio e a tempo de TV antes das elei��es, o que enfraqueceria a legenda que Marina Silva tenta criar. O presidente da C�mara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), considerou a tentativa de votar a proposta um erro, mas o tema deve voltar � pauta nas pr�ximas semanas.
O conjunto de proposi��es inseridas na reforma pol�tica entrou na pauta da ter�a-feira, mas nenhuma teve condi��es de ser votada. “O plen�rio revelou que n�o quer votar essa reforma, vamos ter que encontrar outro caminho”, admitiu Henrique Alves. O PT foi o primeiro a iniciar uma corrida para que temas espec�ficos fossem pautados de formas alternativas.
Mesmo sob as cr�ticas dos demais partidos, Henrique Alves n�o retirou o item da pauta quando reassumiu o posto. Ontem, ele disse estar arrependido, embora concorde com o projeto. “� importante porque impede essa evas�o de parlamentares de maneira desordenada, mas os l�deres reclamaram com raz�o, porque n�o estava acertado, foi uma improvisa��o, um erro”, admitiu. J� Andr� Vargas assumiu a responsabilidade pelo ato e disse que pretende faz�-lo de novo, se tiver oportunidade. “Foi uma decis�o minha na hora, a pedido de l�deres da base aliada, e eu tinha prerrogativa para isso. Quando o Henrique est� presidindo, ele decide. Acho que o Congresso tem que enfrentar o debate”, afirmou o petista.
Tens�o
A vota��o foi marcada por clima tenso entre os l�deres, mas v�rios defenderam a proposta. PSDB, PPS, PSB e PV reclamaram que foram surpreendidos com a mat�ria. Outros l�deres se revezaram na tribuna na defesa do projeto. Para o l�der do PR, deputado Anthony Garotinho (RJ), h� um "leil�o" de deputados motivado pelo Fundo Partid�rio. "A primeira v�tima foi o DEM (que perdeu mais deputados com a cria��o do PSD). Precisamos coibir o aliciamento de deputados", disse.