Bras�lia, 16 - Para fugir � restri��o que PT, PMDB e DEM pretendem impor aos novos partidos, tirando-lhes o tempo de r�dio e TV e o direito ao fundo partid�rio, PPS e PMN se fundir�o nesta quarta-feira (17) em um congresso conjunto e rel�mpago. A ideia � come�ar a reuni�o por volta das 10 horas e terminar ao meio-dia. Em seguida, a ata de fus�o dos partidos ser� registrada num cart�rio. O novo partido se chamar� Mobiliza��o Democr�tica (MD) e ter� o n�mero 33, que era do PMN.
"O rolo compressor que o governo do PT quer passar no Congresso Nacional para aprovar o projeto que dificulta a fus�o e a cria��o de novos partidos � de um casu�smo sem tamanho. Um verdadeiro golpe contra a democracia", disse o l�der do PPS, deputado federal Rubens Bueno (PR), ao sair da reuni�o dos l�deres partid�rios. Bueno disse que o governo precisa explicar por que mudou de posi��o. "Quando da cria��o do PSD, que levou tempo de TV e fundo partid�rio dos deputados que tirou dos outros partidos, o governo deu todo o apoio. O pr�prio Lula trabalhou a favor. Agora, que temos a Marina Silva construindo seu partido, o PPS se unindo ao PMN, refor�ando a oposi��o, querem barrar. Isso � antidemocr�tico, � puro golpe", afirmou Bueno.
Marina, que pediu ao presidente da C�mara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), para que o projeto n�o fosse votado, deixou o gabinete da presid�ncia da Casa decepcionada. "Ele disse que o projeto ser� votado e que foi apresentado por um companheiro do PMDB", disse Marina, ao falar do encontro com o presidente da C�mara. A ex-ministra atacou o projeto. "Lutamos a vida inteira por democracia. Esse projeto � antidemocr�tico, tira o direito de que outros expressem duas ideias. � o tiro de miseric�rdia nesse setor da sociedade que se prop�e a fazer uma pol�tica diferente. Revive o obscurantismo, o casu�smo, a viol�ncia dos mais fortes contra os mais fracos", disse Marina.
J� o governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, prov�vel candidato � Presid�ncia da Rep�blica em 2014, disse que o PSB se posicionar�, claramente, contra a inibi��o a novos partidos. "Foi dada a possibilidade para novos partidos e surgiu o PSD. E agora, se querem limitar o nascimento de outros, tirando o direito a tempo de televis�o e ao fundo partid�rio, est� errado. Que o fa�am para a pr�xima legislatura. Mas agora seria um casu�smo, uma agress�o. H� partidos surgindo e tentando coletar o numero de assinaturas, j� com parlamentares que desejam efetivamente tomar essa dire��o em torno da lideran�a, por exemplo, da senadora Marina Silva, que tem express�o no pensamento brasileiro e no pensamento global. N�o vejo porque n�o deixar que se organize, pra que se fa�a o debate sobre o futuro do Pa�s."
O ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presid�ncia) disse que o Pal�cio do Planalto n�o est� preocupado com a cria��o de novos partidos. "� um movimento natural, assim como surgiu PSD, � normal que haja esses movimentos. (PPS e PMN) S�o dois partidos que n�o est�o na base governista, n�o cabe nenhum coment�rio valorativo dessa quest�o", disse ele, ap�s participar de semin�rio no Pal�cio do Planalto.