Assessor de imprensa e bi�grafo do presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa, o jornalista Wellington Geraldo Silva foi nomeado conselheiro e presidente do conselho deliberativo do milion�rio fundo de previd�ncia dos servidores do Judici�rio - Funpresp-Jud.
Silva n�o � servidor do Judici�rio, mas funcion�rio do Banco do Brasil. Antes de chegar ao tribunal, ele foi assessor da Previ, fundo de previd�ncia do BB. E, conforme informa��es de outros tribunais, dever� ser o BB Previd�ncia respons�vel por gerir os recursos depositados pelos servidores do Judici�rio e do Minist�rio P�blico nos primeiros anos.
Caber� ao conselho deliberativo definir as pol�ticas de administra��o do fundo. E, como presidente do �rg�o, Wellington Silva ter� direito a voto e, em caso de empates, caber� a ele o voto de qualidade, desempatando a quest�o. A lei que cria o regime de previd�ncia complementar para os servidores p�blicos federais n�o veda a indica��o de pessoas de fora do Judici�rio para o conselho. E prev� que o cargo de conselheiro ser� remunerado - valor limitado a 10% da remunera��o dos membros da diretoria executiva. Esses valores ainda n�o foram definidos pelo fundo.
A portaria com os nomes dos integrantes do conselho foi assinada pelo presidente do Supremo e publicada na segunda-feira no Di�rio Oficial. Servidor de carreira e um dos principais respons�veis pela montagem do fundo, Amarildo Vieira de Oliveira ser� o suplente. Os membros do Conselho Deliberativo, conforme a proposta de estatuto, ter�o mandato de quatro anos. Como deve deixar a Corte com a sa�da de Joaquim Barbosa da presid�ncia, Wellington Silva n�o poder� cumprir integralmente o mandato. Assim que deixar o cargo de secret�rio de Comunica��o, dever� ser substitu�do pelo suplente.
Os valores que ser�o administrados pelo fundo ainda n�o est�o fechados. Os tribunais ainda est�o fazendo c�lculos para saber quantos servidores contribuir�o e com quanto para o fundo. De acordo com a lei que criou o regime de previd�ncia complementar, somente a Uni�o dever� aportar inicialmente R$ 25 milh�es ao fundo.
Silva afirmou ter sido gerente de Comunica��o e Marketing da Previ por 9 anos. “Nessa condi��o, fui integrante da Comiss�o de Comunica��o da Associa��o Brasileira de Entidades Fechadas de Previd�ncia Privada. Participei de diversos congressos de Fundos de Pens�o, al�m de semin�rios sobre o setor”, afirmou. Acrescentou ter sido conselheiro de empresas, como Bunge Alimentos, Randon, Sadia e Inepar. Na Previ, Silva trabalhou, por exemplo, com S�rgio Rosa, cuja gest�o foi alvo inclusive da CPI dos Correios, investigada pelo Tribunal de Contas da Uni�o e espionada pela Kroll.
Mensal�o
Entidades de classe, como Associa��o dos Magistrados Brasileiros (AMB) e a Associa��o Nacional dos Magistrados da Justi�a do Trabalho (Anamatra), foram contr�rias � cria��o do fundo. Elas contestam a aprova��o da reforma da Previd�ncia, que abriu caminho para a cria��o de fundos de previd�ncia complementar dos servidores p�blicos. As entidades argumentam que as vota��es foram contaminadas pelo esquema mensal�o.