Fidelidade partid�ria n�o � oportunismo, diz Carvalho

Bras�lia, 18 - O ministro chefe da secretaria-geral da Presid�ncia da Rep�blica Gilberto Carvalho rebateu, nesta quinta-feira, as acusa��es de que a atua��o do governo seria oportunista e miraria poss�veis advers�rios para as pr�ximas elei��es, ao apoiar o projeto de lei que inibe a cria��o de novos partidos. A proposta foi aprovada nesta quarta-feira, 17, no plen�rio da C�mara dos Deputados.

"Eu nunca ouvi falar que fidelidade partid�ria fosse oportunismo", disse o ministro, ao final de reuni�o com lideran�as do MST e com o ministro do Desenvolvimento Agr�rio, Pepe Vargas, e o presidente do Instituto Nacional de Coloniza��o e Reforma Agr�ria (Incra), Carlos de Guedes. "Os deputados foram eleitos por partidos. Quando n�s come�amos o nosso partido (o PT), fizemos um longo caminho at� nos constituirmos. N�o tem que ter pressa em ficar criando partidos."

Na vis�o do ministro, a vota��o desta quarta na C�mara respeitou a fidelidade partid�ria. "Temos de respeitar a institucionalidade partid�ria, defender os partidos, e n�o fazer um processo sem fim de cria��o de partidos para acomodar interesses eleitorais", concluiu.

Sob press�o do Pal�cio do Planalto, a C�mara aprovou nesta quarta o texto-base do projeto de lei que limita o acesso de novos partidos ao Fundo Partid�rio e ao tempo de propaganda na TV e no r�dio. O resultado cria dificuldades, por exemplo, para a candidatura da ex-ministra Marina Silva, que quer formar um novo partido, a Rede. Tamb�m atrapalha as pretens�es do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), pois quem migrar de legenda n�o poder� levar o tempo de TV.