Bras�lia, 23 - Tr�s dos poss�veis advers�rios da presidente Dilma Rousseff na corrida eleitoral do ano que vem uniram for�as no Senado para tentar barrar o Projeto de Lei 4470/12, que inibe a cria��o de novos partidos. Em reuni�o na tarde desta ter�a-feira, a ex-senadora Marina Silva (sem partido), que est� tentando articular uma nova sigla, a Rede Sustentabilidade, A�cio Neves (PSDB-MG) e o l�der do PSB no Senado, Rodrigo Rollemberg (DF), ligado ao governador de Pernambuco, o pessebista Eduardo Campos, fizeram duras cr�ticas � proposta aprovada na quarta-feira, 17, na C�mara dos Deputados e articulam medidas para que as restri��es aos partidos n�o comecem a valer j� em 2014.
De acordo com Marina, o primeiro esfor�o do grupo ser� tentar derrubar o requerimento de urg�ncia que deve ser proposto assim que a mat�ria chegar ao Senado - isso garante que o projeto siga direto para o Plen�rio da Casa, sem passar por comiss�es tem�ticas. Caso n�o consigam derrubar a urg�ncia, a ideia � trabalhar pelas emendas que jogam a vig�ncia do projeto para depois das elei��es do ano que vem.
Da forma como est�, o texto restringe o acesso de novas legendas ao Fundo Partid�rio e ao tempo de propaganda em r�dio e TV. Isso prejudicaria as eventuais candidaturas de Marina e do governador pernambucano, Eduardo Campos (PSB), que articula apoio com o rec�m-criado MD, fruto da fus�o do PPS com o PMN. Para A�cio, a presen�a da ex-senadora e de Campos na corrida pelo Pal�cio do Planalto em 2014 aumentaria as chances de levar a briga para o segundo turno.
"N�o � razo�vel que o governo estimule a cria��o de partidos para lhe dar apoio e impe�a, na mesma legislatura, a cria��o de legendas que tenham uma outra no��o de pa�s", disse o senador mineiro, referindo-se � cria��o do PSD, do ex-prefeito de S�o Paulo, Gilberto Kassab, patrocinado pelo governo e que enfraqueceu as bancadas de oposi��o.
"Vamos reagir porque n�o � justo que a popula��o seja cerceada de op��es do n�vel da Marina Silva, de Eduardo Campos, que possam surgir legitimamente. N�o aceitamos o casu�smo do governo federal, que age como se temesse a disputa eleitoral", concluiu. A�cio disse que o PSDB no Senado se articula contra o projeto e que, agora, vai em busca de apoio em outras siglas.