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Estado de Minas POL�CIA PARA DEFENDER A JUSTI�A

Governo de Minas cria for�a policial para proteger ju�zes

A proposta pretende ampliar seguran�a pessoal de ju�zes amea�ados


postado em 10/05/2013 06:00 / atualizado em 10/05/2013 07:10

A insegurança nos fóruns de Justiça de Minas Gerais foi mostrada pelo Estado de Minas em reportagens publicadas em dezembro de 2011 e julho do ano passado. Equipes de reportagem entraram nos prédios de Ribeirão das Neves, Contagem, Betim e da própria capital, sem se identificar, com uma faca de cozinha na bolsa (foto). Em nenhum momento foram abordadas por seguranças, apesar do sinal de alerta dos detectores de metal. A legislação publicada no Diário Oficial da União (DOU), em 25 de julho do ano passado, autoriza os tribunais a adotarem medidas, como o controle de acesso e identificação de visitantes nos prédios da Justiça, especialmente as varas criminais. Permite ainda a instalação de câmeras de vigilância e de aparelhos detectores de metais. (foto: ALEXANDRE GUZANSHE/EM/D.A PRESS - 25/7/12)
A inseguran�a nos f�runs de Justi�a de Minas Gerais foi mostrada pelo Estado de Minas em reportagens publicadas em dezembro de 2011 e julho do ano passado. Equipes de reportagem entraram nos pr�dios de Ribeir�o das Neves, Contagem, Betim e da pr�pria capital, sem se identificar, com uma faca de cozinha na bolsa (foto). Em nenhum momento foram abordadas por seguran�as, apesar do sinal de alerta dos detectores de metal. A legisla��o publicada no Di�rio Oficial da Uni�o (DOU), em 25 de julho do ano passado, autoriza os tribunais a adotarem medidas, como o controle de acesso e identifica��o de visitantes nos pr�dios da Justi�a, especialmente as varas criminais. Permite ainda a instala��o de c�meras de vigil�ncia e de aparelhos detectores de metais. (foto: ALEXANDRE GUZANSHE/EM/D.A PRESS - 25/7/12)

A cria��o de uma for�a policial subordinada ao Tribunal de Justi�a de Minas Gerais (TJMG) � a solu��o proposta pelo governo de Minas para tentar desanuviar o cen�rio de inseguran�a e amea�as que vive dezenas de ju�zes em tribunais espalhados por v�rias regi�es do estado. A proposta de emenda constitucional (PEC) que tramita na Assembleia Legislativa alerta para o crescimento de fac��es criminosas em Minas, que estariam atuando cada vez com mais for�a na intimida��o de ju�zes criminais por meio de amea�as de morte aos pr�prios magistrados e a seus familiares. A Pol�cia do Judici�rio teria como fun��o exclusiva garantir a seguran�a de ju�zes que estivessem na mira de criminosos.


O funcionamento da nova pol�cia se daria de forma semelhante �s estruturas policiais j� existentes que atuam na prote��o dos poderes Legislativo e Executivo. “N�o podemos permitir que os ju�zes vivam encurralados pelo crime organizado, uma institui��o invis�vel, por�m presente no dia a dia da sociedade brasileira. Embora tentem esconder, � not�ria a infiltra��o do Primeiro Comando da Capital (PCC) em nosso estado, tentando acuar nossos magistrados. Outras fac��es tamb�m t�m amea�ado nossos ju�zes”, alerta o texto do projeto.

V�rios casos de atentados contra ju�zes que aconteceram no pa�s nos �ltimos anos s�o relatados no texto. Entre eles o assassinato da ju�za fluminense Patr�cia Acioli, morta com 21 tiros em agosto de 2011, depois de atuar na investiga��o do envolvimento de policiais militares do Rio de Janeiro na forma��o de mil�cias criminosas clandestinas. Tamb�m s�o citados casos que aconteceram em Minas, como o plano de homic�dio descoberto em 2010 pela Pol�cia Civil que tinha sido elaborado por fac��es criminosas que atuam em Montes Claros, no Norte de Minas, para matar um juiz e um promotor de Justi�a que investigavam o tr�fico de drogas na regi�o.

Em raz�o da natureza do trabalho, a proposta que tramita no Legislativo mineiro prev� que ju�zes que atuam em varas ou c�maras criminais sob risco de morte devem passar a ter garantido na legisla��o o direito de prote��o efetiva por parte do Estado, com um bra�o policial exclusivo. Nesta semana, os parlamentares elegeram os deputados Luiz Henrique (PSDB) e Ant�nio Arantes (PSC) – presidente e vice, respectivamente – para o comando da comiss�o especial que discutir� a PEC 50/13, al�m do relator, Durval �ngelo (PT). A comiss�o tem 60 dias para apresentar um parecer.

Na justificativa para a aprova��o da mat�ria foi apresentado um estudo da Associa��o dos Magistrados Mineiros (Amagis) que relata amea�as de morte por parte de quadrilhas criminosas feitas a 30 ju�zes no estado. Minas teve o maior n�mero de casos de amea�as registrados em 2012. Ao todo, foram mais de 50. Os outros dois estados com altos registros de amea�as a magistrados no ano passado foram Rio de Janeiro, com 29 casos, e Bahia, com 14. No Brasil, o n�mero de magistrados visados por grupos criminosos chega a 199, sendo que pouco mais de um ter�o deles conta com prote��o armada.

Fundo especial

Para o presidente da Amagis, desembargador Herbert Almeida Carneiro, a cria��o da Pol�cia do Judici�rio no estado deve ser discutida intensamente entre o Legislativo e o Judici�rio, para que se fa�a um planejamento de como ela funcionar� na pr�tica e suas contribui��es para aumentar a seguran�a nos f�runs e tribunais. Ele lembra, por�m, que no momento o �rg�o tem suas aten��es voltadas para outra proposta, o Projeto de Lei 3.893/13, que cria um fundo especial para o Judici�rio, com parte dos recursos reservada para melhorias no sistema de seguran�a em �rg�os do poder.

 “Para que mudan�as aconte�am � preciso ampliar o debate sobre a pol�cia judici�ria. Acredito que com a tramita��o desse projeto isso vai se dar na pr�tica. Mas nossa aten��o especial trata da cria��o do novo fundo, que destinar� uma parte para reforma de pr�dios, adequa��o �s normas de seguran�a, com instala��o de computadores, detectores de metais, scanners e c�meras de vigil�ncia. A prioridade � garantir estrutura”, informa Herbert. O projeto, de autoria do Executivo, foi aprovado em primeiro turno na Comiss�o de Fiscaliza��o Financeira da ALMG na quarta-feira e dever� ser levado ao plen�rio na semana que vem.

A cria��o do fundo, que tamb�m reservar� verbas para programas e projetos do TJMG, obedece a determina��es da Corregedoria do Conselho Nacional de Justi�a (CNJ), que, ap�s uma inspe��o preventiva realizada no segundo semestre do ano passado, alertou para preju�zos decorrentes da aus�ncia de um fundo para centralizar as receitas do tribunal. “Hoje temos muitas situa��es ruins em v�rias cortes, com problemas s�rios na estrutura, que prejudicam a presta��o de servi�o aos cidad�os”, alertou o desembargador.

 


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