O promotor de Justi�a Marcos Mousinho, que atuou no julgamento dos quatro seguran�as acusados de envolvimento na morte de Paulo C�sar Farias e da namorada dele, Suzana Marcolino, voltou a pedir nesta sexta-feira a anula��o do julgamento. Desta vez, ele alegou que ficou constatada a quebra da incomunicabilidade entre os jurados, o que fere diretamente a legisla��o.
Entretanto, os jurados concordaram que Suzana e Paulo C�sar Farias foram assassinados no dia 23 de junho de 1996, na casa de praia do ex-tesoureiro de campanha do ex-presidente Fernando Collor de Mello. Em entrevista coletiva realizada na manh� desta sexta-feira, Mousinho explicou que ouviu os sete jurados que compuseram o Tribunal de J�ri. "Eles foram convocados para prestar depoimento ap�s o Minist�rio P�blico Estadual ter sido informado que um familiar de uma das pessoas que fazia parte do Conselho de Senten�a teria sido amea�ado", ressaltou o promotor.
Amea�a
"A amea�a de fato aconteceu, entretanto, n�o podemos afirmar que ela partiu de algu�m interessado na absolvi��o dos r�us", explicou. Marcos Mousinho disse ainda ter havido uma persegui��o ao marido de uma das juradas, na noite da quarta-feira, 8 - um dos dias em que foi realizado o julgamento. "Ap�s esse epis�dio, quando em contato com a mulher, no dia seguinte, a v�tima contou sobre o ocorrido e tal situa��o causou p�nico a ela", disse Mousinho.
De acordo com o promotor, a jurada, assustada com a amea�a feita ao marido, teria compartilhado a informa��o com alguns integrantes do Conselho na mesma noite em que recebeu a not�cia. "Ela contou para dois dos jurados sobre o que aconteceu ainda na noite da quinta-feira e, na sexta, no trajeto para o F�rum, disse para os demais colegas", revelou. "Por conta desse gesto, houve a quebra da incomunicabilidade entre os membros do Tribunal do J�ri, um procedimento que n�o � permitido por lei", ressaltou o promotor, que concede nova entrevista coletiva na pr�xima segunda-feira, 19.