Pr�-candidato do PT ao governo do Rio de Janeiro, o senador Lindbergh Farias reagiu nesta quinta-feira �s amea�as do governador S�rgio Cabral (PMDB) de retirar o apoio � reelei��o da presidente Dilma Rousseff, se os petistas n�o apoiarem o vice-governador Luiz Fernando Pez�o. "N�o acho justo que, porque o partido da presidenta vai lan�ar um candidato, eles se voltem contra ela. N�o � assim que funciona, com a faca no pesco�o", afirmou Lindbergh ao desembarcar no Rio.
O senador rejeitou o argumento de Cabral de que o PT deve manter a alian�a com o PMDB no Rio em reciprocidade ao apoio dos peemedebistas a Dilma. "Se teve algu�m que ajudou esse Estado foi a Dilma. E tamb�m o ex-presidente Lula. Em todo o Brasil haver� v�rios palanques para a presidenta e em nenhum lugar est� se falando como ele (Cabral) fala. A exist�ncia de elei��es � parte da democracia, as pessoas t�m o direito de escolher. Eles devem falar do candidato deles, das coisas que fizeram", disse o petista.
Lindbergh vinha evitando responder a Cabral, em aten��o a um pedido do ex-presidente Lula para que fosse "moderado" no discurso. Nesta quinta-feira, por�m, decidiu reagir, diante da insist�ncia do governador na tese de que o palanque duplo � inaceit�vel no Rio de Janeiro.
A�cio
No encontro do PMDB, Cabral, que foi casado com uma prima de A�cio, lembrou que seus filhos mais velhos t�m o sobrenome Neves e que tem �tima rela��o com o tucano. H� duas semanas, Cabral esteve com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Segundo aliados do governador, o di�logo com os tucanos � "natural", j� que Cabral foi filiado ao PSDB. Nesta quinta, Cabral disse que, apesar da amizade com A�cio, eles est�o em campos opostos desde 2006, quando foi eleito governador. "Mesmo em palanques diferentes, sempre nos demos muito bem", afirmou Cabral, que evitou falar em uma poss�vel alian�a com o tucano contra Dilma.