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Estado de Minas

General � chamado a depor na Comiss�o da Verdade

Grupo fluminense quer ouvir Belhan, ex-chefe da repress�o no Rio. Coordenadora de colegiado na C�mara cobra a demiss�o do n�mero 2 da Abin, filho do militar da reserva


postado em 11/06/2013 06:00 / atualizado em 11/06/2013 07:42

Reunião do colegiado estadual com a Comissão Nacional da Verdade: grupo do Rio quer esclarecer o sumiço de Rubens Paiva, na década de 1970(foto: Shana Reis/Governo do Rio)
Reuni�o do colegiado estadual com a Comiss�o Nacional da Verdade: grupo do Rio quer esclarecer o sumi�o de Rubens Paiva, na d�cada de 1970 (foto: Shana Reis/Governo do Rio)

A Comiss�o Estadual da Verdade do Rio de Janeiro vai convocar, ainda este m�s, o general da reserva Jos� Ant�nio Nogueira Belham para depor. A informa��o foi confirmada na tarde dessa segunda-feira pelo presidente do colegiado, Wadih Damous. Belham, que pode se recusar a comparecer, comandou o DOI-Codi do Rio na �poca em que o ex-deputado federal Rubens Paiva foi assassinado, em 1971, depois de ter sido preso e levado para o departamento. O corpo dele nunca apareceu. Documentos em poder da Comiss�o Nacional da Verdade atestam que o militar da reserva recebeu dois cadernos de anota��o que pertenciam a Paiva.


O Estado de Minas revelou, na edi��o de domingo, que o general da reserva � pai do atual n�mero 2 da Ag�ncia Brasileira de Intelig�ncia (Abin), Ronaldo Martins Belham, que tem acesso privilegiado a informa��es sobre o per�odo militar brasileiro. O ministro da Secretaria de Direitos Humanos no governo Lula Paulo Vannuchi, eleito recentemente membro da Comiss�o Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), defendeu que a quest�o precisa ser analisada com extrema cautela. “O importante � a luz que a imprensa jogou nesse caso. O debate gerado ap�s a divulga��o do fato � bastante relevante. Eu concordo com a preocupa��o das entidades”, afirmou.


Vannuchi salientou que os filhos n�o podem ser responsabilizados pelos atos dos pais. “Precisamos tamb�m deixar claro que o fato de ser filho de um agente da repress�o n�o o torna um torturador. A cobran�a precisa ser feita com muita cautela. H� uma suspei��o presumida”, afirmou.


No entanto, a coordenadora da Comiss�o da Mem�ria, Verdade e Justi�a da C�mara, deputada Luiza Erundina (PSB-SP), classificou de “inadmiss�vel” e “incompreens�vel” a perman�ncia de Ronaldo Martins Belham em uma posi��o de destaque na Abin. “Pela natureza do cargo que ocupa, n�o consigo compreender como ele pode exercer essa fun��o, mesmo que n�o tenha nenhuma rela��o com os atos cometidos. N�o se trata disso. A pessoa precisa ser isenta. � inaceit�vel e inadmiss�vel, pelo car�ter do �rg�o que ele representa. O simbolismo disso � muito forte”, avaliou. A parlamentar justificou a posi��o alegando que, mesmo que os documentos da �poca tenham sido encaminhados ao Arquivo Nacional pela Abin, v�rias informa��es ainda n�o foram descobertas.


“Eu, no lugar dele, me sentiria desautorizada. Existe muita verdade a ser revelada. H� muitas fontes que n�o chegaram nem ao conhecimento da Abin. Que liberdade esse homem tem se ele receber, pelo cargo que ocupa, informa��es que ajudem a compreender o caso Rubens Paiva? Ele ter� autonomia para avaliar os dados? Temos que ser intransigentes em rela��o a isso”, afirmou Erundina.


O deputado Jair Bolssonaro (PP-RJ) afirmou que h� uma “persegui��o” a militares no Brasil por parte dos petistas. “� uma persegui��o canalha. Voc�s deveriam ir atr�s das informa��es sobre o grupo terrorista que a presidente Dilma Rousseff integrava. Esse grupo matou, roubou e sequestrou. Isso � crime. O problema � que o cara leva um cascudo e dizem que � tortura”, alegou.


Afastamento


No domingo, por meio de nota, Wadih Damous, que al�m da Comiss�o Estadual da Verdade do Rio preside a Comiss�o Nacional de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), tamb�m havia pedido o afastamento do diretor adjunto da Abin. Ontem, ele ratificou a posi��o. “O general da reserva vai ser convocado sim, porque ele chefiou o DOI-Coid aqui no Rio. Estamos preparando os depoimentos para este m�s. N�o podemos estigmatizar o filho dele, mas � evidente que existe uma suspei��o nesse caso. Existe, no m�nimo, uma inconveni�ncia”, ressaltou.


O Estado de Minas tentou falar com o general da reserva Belham, mas uma mulher que atendeu o telefone dele disse que o militar est� viajando. O filho, Ronaldo Belham, tamb�m foi procurado, por meio da assessoria da Abin, mas n�o atendeu a reportagem.


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