A duplica��o da BR-381 no trecho de 303 quil�metros entre Belo Horizonte e Governador Valadares vai custar no m�nimo R$ 2,6 bilh�es ao governo federal, valor equivalente a quatro vezes o total financiado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES) para a reforma do Mineir�o. O investimento na rodovia, no entanto, poder� ser ainda maior. O montante a menos � o que ser� cobrado por cons�rcios de empresas que ofereceram os menores pre�os na licita��o, encerrada ontem, para os 11 lotes de obras. O vencedor da disputa, no entanto, ser� o que tiver a melhor nota em duas fases: a de or�amento mais baixo e a de melhor proposta t�cnica. No formato, caso os cons�rcios que apresentaram pre�os mais elevados ganhem a concorr�ncia, a duplica��o do trecho, conhecido como Rodovia da Morte, poder� chegar a R$ 5 bilh�es.
Os envelopes dos quatro �ltimos lotes da licita��o foram abertos ontem pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). O valor m�nimo mais elevado de toda a disputa foi apresentado para a quilometragem entre o Rio Una e o entroncamento com a MG-435, o lote 9, na entrada para Caet�: R$ 530 milh�es, proposta apresentada pelo cons�rcio Brasil/Mota/Engesur. O pre�o mais alto para essa parte da rodovia foi registrado pelas empresas Queiroz Galv�o/Mendes J�nior/Servneg/Consol, R$ 990,2 milh�es. O lote tem 37,5 quil�metros.
As vencedoras da disputa s� ser�o conhecidas em aproximadamente um m�s, depois que o Dnit analisar e der a nota para as propostas t�cnicas das concorrentes. Para o lote 8, o menor pre�o foi o do cons�rcio Isolux/Corsan/Engevix, com R$ 380,8 milh�es. A disputa � para duplica��o da estrada entre Jo�o Monlevade e o Rio Una, com 33 quil�metros. O grupo, formado por empresas espanholas e brasileiras, foi a vencedora, no quesito pre�o mais baixo, para quatro dos 11 lotes.
As duas �ltimas etapas da obra tiveram menor pre�o oferecido pelo mesmo cons�rcio, que une as empreiteiras Construcap e CCPS Engenharia e Com�rcio Ltda. O grupo apresentou proposta de R$ 236 milh�es para o lote 10, com 18 quil�metros, e de R$ 311,6 milh�es para o lote 11, com 13,4 quil�metros. As duas disputas s�o para as obras mais pr�ximas a Belo Horizonte.
A abertura dos envelopes da licita��o aconteceu ao longo de tr�s dias �teis, a partir de quinta-feira. Existe a possibilidade de redu��o de pre�os em alguns dos 11 lotes. Conforme as regras da disputa, quando o valor m�nimo apresentado pelo cons�rcio ultrapassa a despesa m�xima que o governo pretende empenhar, os autores da proposta mais baixa e com melhor �ndice t�cnico s�o chamados para negociar redu��o no pre�o. Esse pode ser o caso, por exemplo, do cons�rcio J. Dantas/Sotepa, que pediu R$ 64,6 milh�es para realizar as obras do lote 4, que prev� a constru��o de t�neis na regi�o do Rio Piracicaba. Na hip�tese de o grupo se negar a negociar, a segundo colocado no crit�rio pre�o mais baixo ser� convocado, e assim sucessivamente. As chamadas, no entanto, respeitam tamb�m as notas alcan�adas nas propostas t�cnicas.