Bras�lia - O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presid�ncia da Rep�blica, Gilberto Carvalho, reconheceu nesta sexta-feira que os governantes t�m de ter "suficiente autocr�tica" para compreender as manifesta��es que tomam conta das ruas das principais cidades do Pa�s.
Na edi��o desta sexta o jornal O Estado de S.Paulo aponta que o governo tem dificuldades para tratar o movimento. A presidente se irritou com a postura do presidente do PT, Rui Falc�o, que conclamou militantes para uma passeata. Os manifestantes rejeitaram a presen�a de partidos e petistas acabaram hostilizados. "Sem partido", repetiam manifestantes contr�rios � partidariza��o.
"Quando se grita 'sem partido', n�s vemos a� um grande pedido. E n�o h� democracia sem partido. N�o h� democracia sem uma forma m�nima de institui��o. Sem partido, no fundo, � ditadura. Temos de ficar muito atentos a isso. Ent�o, � um momento de celebrar e, ao mesmo tempo, � um momento de apreens�o e de convidar a sociedade para que haja uma disputa pela democracia de verdade, que se fa�a representar por partidos que, de fato, representem o povo e que n�o compactuem com a corrup��o", afirmou o ministro.
Cr�tica � imprensa
Para o ministro, "a classe pol�tica paga o pre�o por isso (pelos protestos)" e a imprensa � respons�vel pela descren�a da popula��o com a pol�tica. "A imprensa teve um papel nesse sentido, de estimular um tipo de moralismo no sentido despolitizado e um tipo de antipol�tica, que leva a isso que est� acontecendo tamb�m", declarou.
E prosseguiu: "ent�o tamb�m aqueles que o tempo todo verbalizaram esse tipo de posi��o t�m responsabilidade por esse aspecto destrutivo que est� a� e n�o adianta virem agora celebrar s� a manifesta��o e n�o se darem conta que tamb�m s�o respons�veis por isso que est� ocorrendo".
Na avalia��o de Carvalho, o pa�s enfrenta um "momento muito delicado", e a Jornada Mundial da Juventude se enquadra no contexto. "Tomara que continuem as manifesta��es, mas que sejam num clima de paz, de maturidade e a� a Jornada pode dar uma contribui��o importante do ponto de vista do sonho, da utopia, da constru��o do novo, de emerg�ncia da juventude. Temos de nos empenhar para que a Jornada ocorra nas melhores condi��es poss�veis e seja, de fato, um fato nessa escalada positiva que o Pa�s e que a Am�rica Latina querem construir", concluiu o ministro.