(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Hoje � dia para Dilma come�ar a honrar o compromisso

Presidente se re�ne com governadores e prefeitos para costurar o pacto prometido em cadeia de r�dio e TV


postado em 24/06/2013 06:00 / atualizado em 24/06/2013 07:52

Paulo de Tarso Lyra e Juliana Braga e Adriana Caitano

Bras�lia – Sem a certeza do quanto as manifesta��es dos �ltimos dias arranharam seu projeto de reelei��o em 2014, mas convicta de que precisa dar uma resposta r�pida e eficiente para as reivindica��es, sob o risco de que a insatisfa��o das ruas contamine ainda mais o governo, a presidente Dilma Rousseff ter� uma semana decisiva para o pr�prio futuro. Passou ontem o dia no Pal�cio do Alvorada recebendo ministros, checando n�meros, buscando propostas. Hoje, estar� com governadores e prefeitos de capital para debater solu��es conjuntas para a crise que assolou todos os pol�ticos com mandato eletivo.

Aliados e especialistas lembram que Dilma ter� de metamorfosear-se daqui para frente. Al�m do lado pr�tico de tirar iniciativas do papel ou acelerar as que j� existem, ter� que alterar seu perfil de atua��o. Alertada pelos pol�ticos e representantes dos movimentos sociais, ela ter� que aprender a dialogar mais. Prometeu isso no pronunciamento de r�dio e televis�o de sexta-feira, ao assegurar que receber� os movimentos sociais e os representantes pac�ficos dos protestos, algo que n�o tem feito at� o momento.

O di�logo com o atual movimento torna-se ainda mais complicado porque n�o se sabe quem est� do outro lado na figura de interlocutor. Se Dilma tem dificuldade em aceitar a legitimidade de atores conhecidos, como far� para autenticar porta-vozes difusos, com queixas diversas? Se nem os comandantes dos protestos se intitulam como tais, com quem a presidente poder� conversar nas pr�ximas semanas para tentar baixar a temperatura das ruas?

Um importante ministro afirmou ao Estado de Minas que a presidente precisa, com urg�ncia, identificar quais s�o esses os interlocutores para que o debate seja iniciado. Tudo isso sem abrir m�o dos demais representantes dos movimentos sociais, para que estes n�o se sintam desprestigiados e transfiram o foco da crise para outros pontos.

Al�m disso, o mesmo integrante do primeiro escal�o dilmista defendeu a urg�ncia de se abrir um di�logo sobre o legado da Copa e das Olimp�adas Rio 2016, um dos pontos centrais da pauta dos manifestantes. Para esse ministro, o governo foi tragado pelo argumento de que o dinheiro foi jogado fora em est�dios superfaturados, sem que a popula��o comum se beneficiasse disso.

Ontem, no Alvorada, dentre as diversas reuni�es que teve, a presidente discutiu mobilidade urbana. Um das promessas centrais do governo quando o pa�s conquistou o direito de sediar o Mundial e os Jogos Ol�mpicos, pouco foi feito nesse setor nos �ltimos anos. As principais obras n�o sa�ram do papel e, das que sa�ram, muitas delas n�o ficar�o prontas a tempo dos jogos. Dilma quer solu��es e deve se apegar, ainda mais, nas concess�es de aeroportos, portos, rodovias e ferrovias, cujos editais ser�o lan�ados ao longo de 2013.

Urg�ncia

Dilma tamb�m precisa, na opini�o de pessoas pr�ximas, sair do casulo no qual se envolveu nos �ltimos meses e conduzir, como estadista, um grande pacto envolvendo governadores, prefeitos e Congresso Nacional. “Chegou a hora de pararmos de falar e de come�armos fazer. Isso vale para o governo e vale para o Congresso”, declarou o l�der do PT na C�mara, Jos� Guimar�es (CE). “E n�o adianta apenas fazermos. Temos que ter urg�ncia nessa a��o”, defendeu o petista.
Ele defende a prioridade para a pauta apresentada pela pr�pria Dilma no pronunciamento de sexta-feira, dentre elas a destina��o de 100% de recursos dos royalties para a educa��o. Al�m disso, Guimar�es vai propor na reuni�o de l�deres da C�mara, marcada para amanh�, que se vote com rapidez o projeto do deputado Mendon�a Filho (DEM-PE) que desonera de PIS/Cofins o setor de transportes, bem como o Fundo de Participa��o dos Estados (FPE).

Reticente, um aliado do Planalto lembrou que a destina��o dos royalties para a educa��o j� foi rejeitada uma vez pelo Congresso. O projeto que tramita na C�mara � nova tentativa de Dilma, mas ningu�m tem a certeza se ele ser� aprovado. “Al�m disso, o Supremo (Supremo Tribunal Federal) ainda n�o definiu de quem s�o os royalties, se dos estados produtores ou n�o produtores. Por que as pessoas n�o v�o protestar tamb�m no Judici�rio?”,queixou-se o deputado Danilo Forte (PMDB-CE), relator da Lei de Diretrizes Or�ament�rias (LDO).

Na cadeia de r�dio e televis�o da noite de sexta-feira, Dilma tamb�m prometeu agilizar a entrada de m�dicos estrangeiros no pa�s, ideia que vem sendo recha�ada com frequ�ncia pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). Esse foi um dos assuntos tratados ontem nas diversas reuni�es no Alvorada. Como n�o h� consenso e a presidente precisa de respostas r�pidas, ela deve anunciar amanh� editais destinados a preencher vagas de m�dicos residentes e investimentos de R$ 100 milh�es na rede p�blica de sa�de.

 

 

 

 


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)