Horas depois de a presidente Dilma Rousseff encaminhar ao Congresso mensagem com itens do plebiscito para a reforma pol�tica, a bancada do PMDB da C�mara fechou quest�o contra a proposta. Em uma reuni�o em que nem assessores puderam participar, parte dos peemedebistas criticou a iniciativa de Dilma, considerada uma manobra para desviar a aten��o dos protestos nas ruas.
Dentro da sala de uma das Comiss�es da Casa, parlamentares do partido se revezaram nos microfones com ataques ao governo federal e an�lises "�cidas" sobre a condu��o pol�tica da presidente Dilma. Alguns chegaram at� a propor uma reavalia��o da alian�a com o PT nas elei��es de 2014, o que rendeu aplausos dos mais exaltados. Al�m das palmas, n�o faltaram discursos em tom de chacota. "Estamos discutindo a troca da roupa do morto?", ponderou um. "Vamos evitar o abra�o dos afogados", disparou outro.
Redu��o de minist�rios
Do lado de fora, o deputado Newton Cardoso (MG) verbalizou o descontentamento de alguns. "A alian�a est� em xeque sim", afirmou. No encontro tamb�m ficou decidido que os peemedebistas passar�o a adotar um discurso pela redu��o do n�mero de minist�rios.
Ao ser questionado se o partido estaria disposto a oferecer seus ministros para o sacrif�cio dos cortes, o vice-l�der do PMDB, Danilo Forte (CE), disse: "Se quiserem levar os cinco do PMDB, podem levar porque eles n�o valem um". Por traz do discurso de cortes na Esplanada est� a tentativa dos parlamentares de devolver a "batata quente" ao Pal�cio do Planalto, mudando o foco sobre o debate do plebiscito para o tamanho da m�quina governamental e seus 39 minist�rios.
Segundo peemedebistas ouvidos, h� tamb�m um sentimento de que Dilma "ultrapassou os limites" ao propor no plebiscito temas que s�o da al�ada apenas do Congresso, como o fim da supl�ncia para Senadores e o fim do voto secreto.