Menos de quatro horas depois de afirmar que "temporalmente � imposs�vel" aplicar um plebiscito que altere as regras do sistema pol�tico j� em 2014, o vice-presidente Michel Temer recuou e, em nota, disse que o "governo mant�m a posi��o de que o ideal � a realiza��o do plebiscito em data que altere o sistema pol�tico-eleitoral j� nas elei��es de 2014".
Questionado se estava claro, entre os l�deres e o governo, que n�o haveria tempo suficiente para viabilizar um plebiscito que alterasse as regras do sistema pol�tico j� em 2014, Temer respondeu: "A esta altura, embora fosse desej�vel, mas temporalmente � imposs�vel. O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) muito adequadamente fixou um prazo de 70 dias a partir dos temas apresentados ao TSE. Imagine se isso durar duas, tr�s semanas, mais 70 dias, j� chegamos ao m�s de outubro e, a partir da�, j� entra o princ�pio da anualidade, n�o � poss�vel aplicar em 2014."
Pela manh�, o vice-presidente tamb�m disse que "n�o h� mais condi��es e, voc�s sabem disso, de fazer qualquer consulta antes de outubro". "E, n�o havendo condi��es temporais de fazer essa consulta, qualquer reforma que venha s� se aplicar� para as pr�ximas elei��es, e n�o para esta", disse.
Segundo apurou o Broadcast, servi�o de not�cias em tempo real da Ag�ncia Estado, as declara��es de Temer causaram mal-estar no Pal�cio do Planalto e irritaram a presidente Dilma Rousseff. Horas depois, a assessoria da Vice-Presid�ncia da Rep�blica enviou nota que "o governo mant�m a posi��o de que o ideal � a realiza��o do plebiscito em data que altere o sistema pol�tico-eleitoral j� nas elei��es de 2014".