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Estado de Minas

Aliados do governo n�o se entendem sobre data para realiza��o do plebiscito

Ap�s se reunir com l�deres da base na C�mara, Temer descarta consulta popular para mudar o sistema pol�tico j� nas elei��es de 2014, mas volta atr�s e diz que Planalto mant�m a ideia


postado em 05/07/2013 06:00 / atualizado em 05/07/2013 07:35

Michel Temer (C) discutiu a proposta de plebiscito com os representantes de oito partidos. Participaram da reunião Cardozo (à esquerda do vice-presidente), Ideli Salvatti e Mercante (foto: Antônio Cruz/ABR)
Michel Temer (C) discutiu a proposta de plebiscito com os representantes de oito partidos. Participaram da reuni�o Cardozo (� esquerda do vice-presidente), Ideli Salvatti e Mercante (foto: Ant�nio Cruz/ABR)


Um governo ainda desnorteado entre as reivindica��es das ruas e a press�o da base aliada enterrou e ressuscitou nessa quinta-feira, em um intervalo de cerca de cinco horas, o projeto de plebiscito sobre a reforma pol�tica com regras valendo j� para as elei��es de 2014. Veio do vice-presidente Michel Temer, no fim da manh�, a declara��o que representaria a p� de cal sobre a inten��o da presidente Dilma Rousseff de propor a consulta popular para fundamentar a reforma do sistema pol�tico brasileiro. “N�o h� mais condi��es, e voc�s (jornalistas) sabem disso, de fazer qualquer consulta antes de outubro. E, n�o havendo condi��es temporais para fazer essa consulta, qualquer reforma que venha s� se aplicar� para as pr�ximas elei��es (2016), e n�o para esta (2014)”, disse Temer, depois de se reunir, no Pal�cio do Jaburu, com l�deres da base de sustenta��o do governo no Congresso.


Na sequ�ncia, Temer comentou o prazo de 70 dias que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) disse precisar para organizar a log�stica do plebiscito. “A esta altura, embora fosse desej�vel, � temporalmente imposs�vel. O TSE, muito adequadamente, fixou prazo de 70 dias a partir dos temas (que ainda ser�o) apresentados � Corte. Imagine se isso durar duas, tr�s semanas, mais 70 dias, j� chegamos ao m�s de outubro. A partir da�, entra o princ�pio da anualidade. N�o � poss�vel aplicar em 2014. O que � inexor�vel tem de ser aceito”, afirmou o vice-presidente. Temer ainda sinalizou que, se o Congresso aprovar uma reforma pol�tica at� o pr�ximo ano, o plebiscito poderia se tornar desnecess�rio.

A rejei��o dos l�deres partid�rios � proposta — apresentada por Dilma no auge das manifesta��es populares — ficou clara na sa�da da reuni�o no Pal�cio do Jaburu, bem como a dificuldade de relacionamento do governo com a base depois da tentativa de resposta da presidente � crise pol�tica. “N�o podemos fazer a reforma de maneira a�odada, porque corremos o risco de criar um monstrengo”, criticou o l�der do PTB na C�mara, Jovair Arantes (GO). A tese que saiu fortalecida do encontro foi a de uma consulta popular em 2014, pegando carona nas elei��es do pr�ximo ano, mas com efeito apenas a partir do processo eleitoral de 2016. A impossibilidade de fazer a reforma pol�tica valer j� para as elei��es de 2014 foi refor�ada pelo ministro da Justi�a, Jos� Eduardo Cardozo.

N�o demorou para a presidente demonstrar irrita��o com os rumos da negocia��o em torno do plebiscito. Em Salvador, Dilma bateu de frente com a argumenta��o da base aliada de que n�o haveria tempo suficiente para explicar as propostas  para a popula��o. “Eu n�o sou daqueles que acreditam que o povo � incapaz de entender porque as perguntas s�o complicadas”, afirmou a presidente.

Ato cont�nuo, Temer divulgou nota oficial, por volta das 17h, numa esp�cie de “recuo do recuo” sobre os efeitos do plebiscito j� para 2014. “Embora reconhe�a as dificuldades impostas pelo calend�rio, reafirmo que o governo mant�m a posi��o de que o ideal � a realiza��o do plebiscito em data que altere o sistema pol�tico-eleitoral j� nas elei��es de 2014”, diz o documento assinado pelo vice-presidente. Cardozo convocou uma entrevista coletiva na sequ�ncia. “O governo continua afirmando que o ideal � que n�s possamos fazer um plebiscito de maneira a modificar as regras para a pr�xima elei��o (2014). Mas, evidentemente, essa � uma decis�o do Congresso”, assinalou o ministro da Justi�a.

Partido da presidente, o PT tenta passar a imagem de unidade em torno do tema. Em reuni�o da Executiva Nacional, ontem, a sigla divulgou uma resolu��o em que convoca a milit�ncia, partidos que compartilham o entendimento e entidades sociais para ir �s ruas apoiar o projeto. O tempo de tev� do PT ser� dedicado � divulga��o da proposta.

 

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"N�o h� mais condi��es, e voc�s (jornalistas) sabem disso, de fazer qualquer consulta antes de outubro. E, n�o havendo condi��es temporais para fazer essa consulta, qualquer reforma que venha s� se aplicar� para as pr�ximas elei��es (2016), e n�o para esta (2014)"

 

17:00

"Embora reconhe�a as dificuldades impostas pelo calend�rio, reafirmo que o governo mant�m a posi��o de que o ideal � a realiza��o do plebiscito em data que altere o sistema pol�tico-eleitoral j� nas elei��es de 2014"

Michel Temer, vice-presidente da Rep�blica


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