Ministros discutem den�ncias de espionagem e a��es a serem adotadas

Bras�lia – Os ministros Antonio Patriota (Rela��es Exteriores), Jos� Eduardo Cardozo (Justi�a), Celso Amorim (Defesa), Paulo Bernardo (Comunica��es) e Jos� Elito (Gabinete de Seguran�a Institucional) est�o reunidos para analisar as a��es a serem adotadas em rela��o �s den�ncias de exist�ncia de um esquema de espionagem a cidad�os brasileiros por parte dos Estados Unidos. A conversa, segundo assessores, vai detalhar as orienta��es da presidenta Dilma Rousseff sobre os aspectos referentes � soberania, � seguran�a e aos pedidos de puni��o para os respons�veis, assim como solicita��es de esclarecimentos.

A ideia � que a partir de reuni�es como esta cada �rea envolvida nas provid�ncias adotadas pelo governo possa atuar em parceria e coordena��o.

Nessa segunda-feira, em Belo Horizonte, Patriota reiterou sua preocupa��o com as den�ncias. Segundo ele, � fundamental aprofundar as discuss�es. O jornal O Globo publicou reportagens informando que teve acesso a dados obtidos pelo ex-agente norte-americano Edward Snowden, que trabalhava em prestadora de servi�os para a Ag�ncia Nacional de Seguran�a (NSA) dos Estados Unidos, indicando que cidad�os brasileiros foram monitorados.

As reportagens mostram ainda que havia uma esp�cie de escrit�rio da NSA em parceria com a Ag�ncia de Servi�o de Intelig�ncia norte-americana (CIA) em Bras�lia. O embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Thomas Shannon, negou a veracidade das informa��es, mas n�o entrou em detalhes.

Dilma determinou ontem uma s�rie de provid�ncias. A Pol�cia Federal coordena as investiga��es, que ser�o conduzidas em parceria com a Ag�ncia Nacional de Telecomunica��es (Anatel) para apurar se houve monitoramento pelos norte-americanos de telefonemas e transmiss�es de dados de empresas e pessoas brasileiras.

Paralelamente, o Minist�rio das Rela��es Exteriores deve recorrer � Organiza��o das Na��es Unidas (ONU) na tentativa de defini��o sobre normas claras de comportamento para os pa�ses quanto � privacidade das comunica��es dos cidad�os e � preserva��o da soberania dos demais Estados. Tamb�m deve pedir provid�ncias � Uni�o Internacional de Telecomunica��es (UIT), em Genebra, na Su��a, para o aperfei�oamento de regras multilaterais sobre seguran�a do setor.