Bras�lia - Diante das cr�ticas feitas por entidades m�dicas ao Programa Mais M�dicos, lan�ado nessa segunda-feira pelo governo federal, o ministro da Sa�de, Alexandre Padilha, defendeu que o debate sobre a quest�o ocorra de "forma respeitosa e com di�logo". Em protesto pelas medidas anunciadas, os profissionais prometem uma paralisa��o.
Padilha acrescentou que, ao avan�ar no tema, o governo est� "enfrentando tabus", como a ideia de que sobram m�dicos no Brasil e que o problema � a distribui��o. "Estamos mostrando, com dados concretos, que faltam m�dicos no Brasil, n�o s� na compara��o com pa�ses europeus, mas com pa�ses aqui do lado, como a Argentina e o Uruguai", disse, enfatizando que pa�ses desenvolvidos que implantaram programas semelhantes tamb�m enfrentaram resist�ncia em um primeiro momento.
Dados do minist�rio apontam que h� no Brasil 1,8 m�dico por mil habitantes, enquanto na Argentina a propor��o � 3,2; no Uruguai, 3,7; em Portugal, 3,9; e no Reino Unido, 2,7.
"Vamos continuar dialogando [com os profissionais], montamos um grupo de trabalho com entidades m�dicas, mas a quest�o � que faltam m�dicos no Brasil e a culpa n�o � dos m�dicos brasileiros. Mas o �nico interesse que temos que observar s�o as necessidades de sa�de da popula��o", acrescentou.