O ministro da Educa��o, Aloizio Mercadante, disse nesta quarta-feira que o governo federal fez "o que achava que tinha que fazer" em rela��o ao plebiscito sobre reforma pol�tica. Ele tamb�m afirmou que caber� aos senadores e deputados "definir se querem o plebiscito que o povo quer".
"O governo fez o que achava que tinha que fazer em rela��o ao plebiscito. As pesquisas de opini�o que foram apresentadas mostram que em torno de 70% da popula��o apoia a iniciativa. Por qu�? Porque o plebiscito permite ao povo ser sujeito do processo de reforma", disse Mercadante, ao chegar ao Pal�cio Itamaraty para participar da 41ª Reuni�o Ordin�ria do Pleno do Conselho de Desenvolvimento Econ�mico e Social (CDES), o "Conselh�o".
A C�mara instalou nesta ter�a-feira, 16, o grupo de trabalho para formatar propostas para a reforma pol�tica. Os 14 parlamentares que integram o grupo ter�o 90 dias para concluir a atividade, sob a coordena��o do deputado C�ndido Vaccarezza (PT-SP), que foi indicado pelo presidente da C�mara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). Inicialmente, o deputado Henrique Fontana (PT-RS) era o indicado do Partido dos Trabalhadores para integrar o grupo, por ter sido relator de diversas propostas relacionadas ao sistema pol�tico e eleitoral brasileiro.
"Nunca conseguimos fazer reforma pol�tica profunda por v�rias raz�es. Entre outras, porque os parlamentares t�m dificuldades de trabalhar com mudan�as de regras, principalmente em um momento como este de tempo ex�guo", argumentou. Na avalia��o do ministro, agora quem decide sobre o plebiscito � o plen�rio da C�mara e do Senado. Para Mercadante, o governo Dilma deu "grande contribui��o ao pautar a reforma pol�tica". O ministro lembrou que os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e Luiz In�cio Lula da Silva tamb�m tentaram fazer uma reforma pol�tica, mas sem �xito. "Temos uma grande oportunidade. Vamos ver qual o trabalho desta comiss�o e qual a reforma poss�vel para este ano", afirmou.
Ao comentar os n�meros da �ltima pesquisa CNT/MDA, Mercadante disse: "Nosso desafio � trabalhar mais para vencer no primeiro turno. A queda (de popularidade) atingiu todos os governadores e prefeitos". Para ele, faz parte do processo de exercer a Presid�ncia da Rep�blica "ganhar e perder" popularidade.