A presidente Dilma Rousseff entregou na manh� deste s�bado uma carta aos membros do Diret�rio Nacional do PT defendendo a realiza��o de um plebiscito para a reforma pol�tica e reafirmando que o governo e o partido ouviram a voz das ruas. Dilma, que foi convidada para a reuni�o do partido, que � realizada em Bras�lia, atribuiu a aus�ncia aos preparativos para a recep��o do papa Francisco. Pela manh�, a presidente se encontrou com os ministros Celso Amorim (Defesa), Ant�nio Patriota (Rela��es Exteriores), Jos� Eduardo Cardozo (Justi�a) e Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presid�ncia) no Pal�cio da Alvorada.
A carta foi entregue por um secret�rio particular da Presid�ncia da Rep�blica. No documento, de quatro p�ginas, Dilma diz que gostaria de estar presente ao encontro mas que a vinda do Papa "imp�e deveres" aos n�o "pode faltar". Segundo fontes, Dilma ligou para dirigentes do partido manifestando preocupa��o com a seguran�a de Francisco e os �ltimos protestos no Rio.
Na carta a presidente diz aos militantes que ao longo desses anos ela e os correligion�rios superaram "os grandes desafios de governar este Pa�s" e que agora h� o desafio de atender "os anseios que surgiram nas nossas ruas". "(as manifesta��es) exigem de n�s a acelera��o e o aprofundamento das mudan�as que iniciamos h� dez anos. Questionam, sobretudo, os limites e os graves problemas da nossa democracia representativa. Eles querem um novo sistema pol�tico, mais transparente, mais oxigenado e mais aberto a participa��o popular que s� a reforma pol�tica balizada pela opini�o das ruas, por meio de um plebiscito, pode criar", insistiu a presidente.
"Estamos trabalhando duro para atender as justas reivindica��es que v�m das ruas", enfatizou a presidente, descrevendo os �ltimos encontros que teve com representantes de movimentos sociais e entidades. No final do documento, Dilma afirma que n�o haver� um Pa�s "efetivamente novo sem a presen�a transformadora do PT" e que ao lado do ex-presidente Lu�s In�cio Lula da Silva e da milit�ncia petista ser� poss�vel "construir um Brasil melhor, muito melhor".
Encontro no Alvorada
A presidente se reuniu por pouco mais de duas horas com os quatro ministros. O governo est� preocupado com as manifesta��es que acontecem no Rio e quer que os preparativos assegurem que n�o haja imprevistos na visita do papa ao Pa�s durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ). Durante esse per�odo, as For�as Armadas estar�o atuando na seguran�a, seguindo as regras da Garantia da Lei e da Ordem (GLO). Isso significa que as For�as Armadas podem ser empregadas caso haja necessidade, j� que a coordena��o da seguran�a da visita est� entregue ao Ex�rcito.
Na segunda-feira, Dilma chegar� ao Rio de Janeiro �s 15h30 para receber, �s 16h, o papa na Base A�rea do Gale�o. No Pal�cio Guanabara, ocorrer� �s 17h a cerim�nia oficial de chegada do Papa e, �s 18h, Dilma ter� um encontro privado. �s 19h, a presidente volta a Bras�lia.