Bras�lia - Senadores da base aliada, do PT tamb�m, criticaram a resolu��o aprovada no final de semana pelo Diret�rio Nacional do Partido dos Trabalhadores que cita o "funcionamento olig�rquico" do Senado como um dos ingredientes que levaram ao que chamam de crise de legitimidade do sistema pol�tico. Eles recha�aram a resolu��o, qualificando-a de "incompreens�vel" e at� de "meio autista".
O senador Ricardo Ferra�o (PMDB-ES) disse que a cr�tica feita na resolu��o traz consigo uma "desfa�atez", pois os petistas, segundo ele, t�m sido s�cios da atual hegemonia pol�tica no Senado. "Me parece uma coisa meio autista", acusou o capixaba, lembrando que nesta e na legislatura passada a primeira vice-presid�ncia do Senado � ocupada por um petista.
"Essa coisa de querer jogar a carga ao mar, tudo bem. Quer jogar, joga, mas � complicado passar o tempo todo de m�o dada, s�cio do condom�nio e dizer que n�o tem nada com isso?", alfinetou Ferra�o.
Primeiro senador eleito da hist�ria do PT, Eduardo Suplicy (SP) n�o concordou com o teor da resolu��o. "Se for para falar isso do Senado, tem que falar tamb�m da C�mara dos Deputados. No que existe aqui de olig�rquico, tem algo igual na C�mara tamb�m", disse o petista, que n�o participou do encontro do partido por ter tido um compromisso familiar que j� tinha marcado anteriormente.
Suplicy lembrou que volta e meia integrantes do pr�prio PT pedem a extin��o do Senado. Contudo, ele observou que muitas vezes o Senado tem tomado decis�es "mais progressistas" do que a C�mara, citando o exemplo da rapidez na tramita��o de uma proposta de emenda � Constitui��o que desapropriava �reas rurais onde ocorra trabalho escravo e uma s�rie de propostas de reforma pol�tica. Ele disse que a natureza da elei��o para o Senado, majorit�ria, em que n�o h� voto de legenda ou em coliga��es partid�rias, garante na maioria das vezes uma perspectiva mais progressista do que na C�mara, Casa Legislativa em que a vota��o � proporcional.
