Bras�lia - A presidente Dilma Rousseff ter� reuni�es bilaterais nesta quinta-feira de manh� antes da abertura oficial da 8� C�pula do G20, grupo de pa�ses que re�ne as maiores economias mundiais, em S�o Petersburgo, na R�ssia. O encontro ocorrer� �s 9h40 do hor�rio local (16h40 em Bras�lia), com o presidente da China, Xi Jinping. Ela conversa tamb�m com o chefe de Estado do Jap�o, Shinzo Abe, �s 11h do hor�rio local. Ainda dever� se agendado um encontro com o representante da Coreia do Sul.
A China � o principal parceiro comercial do Brasil. Em 2012, a China foi o principal exportador de produtos para o pa�s, somando US$ 34,2 bilh�es, e tamb�m o principal comprador de produtos brasileiros, alcan�ando US$ 41,2 bilh�es. O alto crescimento econ�mico Chin�s � considerado um dos respons�veis por evitar a recess�o em alguns pa�ses, como o Brasil. Al�m da import�ncia comercial, o Conselho de Seguran�a das Na��es Unidas (ONU) deve ser tema da conversa entre os chefes de Estado. A China � membro permanente do Conselho e o Brasil defende uma reforma no �rg�o. Criado em 1945, a organiza��o tem o formato do p�s-guerra e n�o reflete o equil�brio de for�as do mundo atual. Para ampliar a discuss�o, o Minist�rio das Rela��es Exteriores, Itamaraty, abriu, inclusive o debate ao p�blico lan�ando um site sobre o tema. O Conselho de Seguran�a se destina a garantir a manuten��o da paz e � o �nico �rg�o do sistema internacional capaz de adotar decis�es obrigat�rias para todos os Estados que s�o membros da ONU, podendo, inclusive, autorizar interven��o militar para garantir a execu��o de suas resolu��es. Dos 15 pa�ses do conselho, cinco s�o membros permanentes %u2013 Estados Unidos, Reino Unido, Fran�a, R�ssia e China %u2013 e dez s�o rotativos, ficando dois anos no �rg�o e sendo substitu�dos. O voto negativo de apenas um membro permanente configura veto a uma eventual resolu��o do conselho. Dentro da abrang�ncia do Conselho de Seguran�a da ONU, um importante tema deve ser discutido na c�pula do G20: uma poss�vel invas�o � S�ria. No s�bado passado (31), o presidente norte-americano, Barack Obama, informou que os Estados Unidos est�o prontos para atacar o pa�s. Ele disse, no entanto, que aguardar� o apoio do Congresso para iniciar a a��o militar. Dilma tamb�m deve falar com Xi Jinping sobre as den�ncias de espionagem de ag�ncias norte-americanas a diversos pa�ses, envolvendo, inclusive, o acesso a dados particulares dela e de seus assessores. O governo brasileiro cobrou esclarecimentos formais e por escrito do governo norte-americano e classificou a viola��o de %u201Cinconceb�vel e inaceit�vel%u201D. Ontem (3), o ministro das Comunica��es, Paulo Bernardo, disse que todas as explica��es dadas, desde o in�cio dos epis�dios, revelaram-se falsas. A reuni�o dos dois presidentes ser� fechada e o ministro das Rela��es Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo Machado, dar� entrevista coletiva ap�s o encontro para falar o que foi tratado. Hoje, sem compromissos oficiais, a presidenta Dilma recebeu o ministro Figueiredo e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, que s� desembarcou esta tarde em R�ssia. A agenda oficial da c�pula do G20 come�a nesta quinta-feira �s 16h, no hor�rio local. Antes, �s 14h, a presidente se encontra com os presidentes do Brics, bloco formado por Brasil, R�ssia, �ndia, China e �frica do Sul. � noite, o presidente russo, Vladmir Putin, dar� um jantar aos chefes de Estado. No dia seguinte a programa��o da c�pula segue durante todo o dia, mas Dilma retorna ao Brasil logo ap�s a foto oficial, marcada para as 13h45, para chegar a tempo das festividades do 7 de Setembro, Dia da Independ�ncia.