Escolhido nesta quarta-feira, 18, como relator do novo julgamento do processo do mensal�o, o ministro Luiz Fux foi um dos principais escudeiros do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, na primeira fase da an�lise do processo ocorrido no ano passado.
Em outubro do ano passado, o ministro apresentou voto condenando por esse crime a c�pula do PT, que agora ter� direito aos chamados embargos infringentes para discutir exatamente se houve ou n�o a forma��o de quadrilha.
Entre os petistas que j� foram condenados por Fux, e que ter�o o direito a uma nova an�lise do processo, est�o o ex-ministro da Casa Civil Jos� Dirceu, o ex-presidente do PT Jos� Genoino e o ex-tesoureiro do partido Del�bio Soares. Na sess�o do ano passado, o ministro reconheceu a forma��o de quadrilha considerando que houve "um projeto delinquencial"."Foi o que aconteceu. Os n�cleos se uniram para dar vaz�o que foi a concep��o de todos os delitos que o plen�rio do Supremo identificou", disse na ocasi�o.
Indica��o
O posicionamento dele no julgamento � tido como trai��o por parte de integrantes do PT, uma vez que Fux chegou a recorrer ao pr�prio Jos� Dirceu para conseguir ter o nome indicado pela presidente Dilma Rousseff para ingressar na Suprema Corte. E teria, inclusive, nesse processo de negocia��o, dito que "mataria nos peitos" a press�o pela condena��o do ex-ministro da Casa Civil.
Durante o processo de escolha do novo ministro, ele tamb�m teria se encontrado para pedir apoio � sua candidatura com o deputado federal Jo�o Paulo Cunha (PT-SP). O petista tamb�m est� entre os r�us que ter�o um novo julgamento, mas no caso dele ser� analisado o crime de lavagem de dinheiro.
A confirma��o da indica��o de Fux por Dilma para o STF ocorreu em fevereiro de 2011, quando ele ocupou a vaga deixada pelo ministro Eros Grau.