Criada no m�s passado para ser uma resposta do governador Geraldo Alckmin (PSDB) �s suspeitas de cartel e fraudes em licita��es no sistema de trens e metr� de S�o Paulo, o Movimento Transpar�ncia j� enfrenta cr�ticas de seus pr�prios integrantes. O principal objetivo da iniciativa, conforme anunciou o tucano no dia 9 de agosto, � acompanhar as a��es do governo e dar transpar�ncia �s investiga��es decorrentes do chamado caso Siemens. At� agora, por�m, isso n�o ocorreu, segundo membros do grupo.
Em maio, a multinacional alem� Siemens havia assinado um acordo de leni�ncia com o Cade no qual denunciava a si mesma e outras 17 empresas pela pr�tica anticoncorrencial em seis licita��es ocorridas entre 1998 e 2008 nos metr�s de S�o Paulo e Bras�lia e tamb�m na Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).
Ap�s a divulga��o do acordo de leni�ncia e da revela��o de que a Siemens era a respons�vel pela den�ncia, Alckmin anunciou que o Estado processaria a empresa alem�, para que os cofres p�blicos fossem ressarcidos pelos preju�zos causados, e informou que o Executivo estadual faria sua pr�pria investiga��o, no �mbito da Corregedoria-Geral.
“Em termos de resultado, o trabalho tem sido pouco efetivo”, diz Paulo Itacarambi, vice-presidente do Instituto Ethos, que integra a comiss�o.
Renomeada
Incomodadas com o nome escolhido por Alckmin, as entidades decidiram rebatizar o projeto como Grupo Externo de Acompanhamento. “Aquele nome (Transpar�ncia) foi ideia de algum marqueteiro do Pal�cio (dos Bandeirantes)”, diz Claudio Weber Abramo, presidente da ONG Transpar�ncia Brasil. Ele pediu na primeira reuni�o que a CPTM e o Metr� informassem qual � o procedimento para formar os pre�os de refer�ncias de suas licita��es.