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Estado de Minas

Dilma pedir� governan�a global sobre internet na ONU

Em tese, o pleito de Dilma impediria a utiliza��o da internet por servi�os de espionagem


postado em 24/09/2013 09:31 / atualizado em 24/09/2013 09:51

Nova York - Depois de cancelar a visita de Estado que faria a Washington, a presidente Dilma Rousseff dividir� nesta ter�a-feira a plen�ria da Assembleia da Organiza��o das Na��es Unidas (ONU) com o americano Barack Obama, principal alvo das cr�ticas que ela far� em seu discurso de abertura do evento.

Dilma pretende usar o encontro para pedir o estabelecimento de uma governan�a global sobre a internet, que - ao menos em tese - impediria sua utiliza��o por servi�os de espionagem. A brasileira apresentar� a invas�o de privacidade dos cidad�os como uma viola��o de direitos humanos.

Obama discursar� logo depois de Dilma e ainda n�o est� claro se far� alguma men��o ao assunto. Tamb�m n�o se sabe se o americano assistir� ao pronunciamento no plen�rio ou na sala VIP onde os l�deres se preparam para entrar no local. Segundo a assessoria do Pal�cio do Planalto, at� a noite de segunda-feira, 23, a presidente n�o havia decidido se permaneceria no plen�rio para ouvir o discurso do americano.

Desde as revela��es do ex-t�cnico da Ag�ncia Nacional de Intelig�ncia (NSA, na sigla em ingl�s) Edward Snowden, Obama tenta aplacar o descontentamento de aliados com a promessa de revis�o das atividades de intelig�ncia do pa�s. Em briefing sobre a Assembleia Geral da ONU, o vice-conselheiro de Seguran�a Nacional, Ben Rhodes, afirmou que o objetivo de Obama � assegurar que as a��es sejam focadas em quest�es como terrorismo, armas de destrui��o em massa e problemas relacionados � seguran�a e n�o sejam direcionadas a "amigos" dos Estados Unidos.

"Eu tenho certeza de que se esse assunto surgir em Nova York, ele (Obama) ter� coment�rios nessas linhas", observou Rhodes, depois de observar que a quest�o est� sendo tratada de maneira bilateral entre os Estados Unidos e diferentes pa�ses, entre os quais o Brasil. Apesar da revis�o em andamento, Rhodes ressaltou que os Estados Unidos n�o t�m inten��o de abandonar a convic��o de que o pa�s deve ter uma comunidade de intelig�ncia "robusta".

Rhodes ressaltou que as atividades s�o importantes n�o apenas para a seguran�a dos Estados Unidos, mas tamb�m para a de seus aliados. "N�s compartilhamos muita (informa��o de) intelig�ncia para ajudar a desmontar planos terroristas, ajudar a lidar com quest�es como armas de destrui��o em massa", afirmou.

Descanso

A presidente chegou a Nova York �s 6h dessa segunda-feira e passou o dia no hotel finalizando o discurso que far� nesta ter�a na abertura da Assembleia Geral da ONU. O texto foi discutido por Dilma com os ministros das Rela��es Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, da Educa��o, Aloizio Mercadante e do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, al�m do assessor especial da Presid�ncia Marco Aur�lio Garcia.

A viagem que Dilma faria a Washington no dia 23 de outubro seria a �nica visita de Estado que Obama receberia neste ano e a primeira de um presidente brasileiro desde Fernando Henrique Cardoso. Antes de marcar outra data, a presidente quer receber dos americanos explica��es sobre as a��es da NSA no Brasil. Documentos divulgados por Snowden revelam que espi�es americanos monitoraram comunica��es de Dilma com seu principais assessores, algo que a presidente viu como uma viola��o da soberania nacional.

No in�cio da noite desta segunda, Dilma se reuniu com a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, de quem recebeu apoio � sua posi��o cr�tica � atua��o da NSA. "A quest�o da espionagem afeta a dignidade da regi�o", declarou Kirchner. "S�o atitudes que n�o ajudam a criar uma boa rela��o e um bom clima, o que todos queremos."

Na pr�xima quinta-feira (26), o ministro das Rela��es Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, poder� se reunir com o secret�rio de Estado, John Kerry, para continuar a discuss�o em torno das atividades da NSA no Brasil. Na semana retrasada, Figueiredo esteve em Washington com a conselheira Nacional de Seguran�a, Susan Rice, em uma conversa que foi decisiva para o cancelamento da visita.

Antes de Kirchner, Dilma recebeu o ex-presidente Bill Clinton, com quem discutiu as atividades da Clinton Global Initiative (CGI). A ministra-chefe da Secretaria de Comunica��o, Helena Chagas, disse que o teor do discurso que Dilma far� nesta ter�a-feira n�o foi discutido com Clinton.

Segundo ela, o ex-presidente convidou a brasileira para evento que a CGI far� no Brasil no fim do ano. Criada em 2005, a entidade re�ne chefes de Estado, CEOs e personalidades na busca de solu��es para problemas globais.


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