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Estado de Minas

Senado aprova nome de Patriota para representar Brasil na ONU

Durante quase duas horas de sabatina, o diplomata destacou o papel de lideran�a do Brasil sobre temas priorit�rios no cen�rio internacional


postado em 26/09/2013 16:20 / atualizado em 26/09/2013 16:22

Antonio Patriota, 59 anos, foi ministro das Relações Exteriores por dois anos e oito meses,(foto: Antonio Cruz/ABr)
Antonio Patriota, 59 anos, foi ministro das Rela��es Exteriores por dois anos e oito meses, (foto: Antonio Cruz/ABr)
Com um discurso em defesa da reforma do Conselho de Seguran�a das Na��es Unidas e cr�ticas a medidas unilaterais adotadas por alguns pa�ses em situa��es de crise como a vivida pela S�ria, o ex-chanceler Antonio Patriota foi aprovado por unanimidade, pelo Senado, para assumir o cargo de representante permanente do Brasil na Organiza��o das Na��es Unidas (ONU).

Ao deixar o colegiado com o resultado que deve ser confirmado em plen�rio na pr�xima ter�a-feira, Patriota elencou algumas prioridades de sua atua��o em Nova York, lembrando que o governo brasileiro defendeu recentemente a solu��o para os casos de investiga��es internacionais. No discurso de abertura da Assembleia Geral da ONU, a presidenta Dilma Rousseff disse que o Brasil vai apresentar propostas para estabelecer um marco multilateral civil para tratar dessas quest�es.

Patriota explicou que a ideia � definir mecanismos multilaterais para lidar com essas situa��es, garantindo conquistas j� implementadas pelos diversos �rg�os das Na��es Unidas (ONU) como a soberania e privacidade dos pa�ses. O diplomata acredita que a resist�ncia de alguns pa�ses, como os Estados Unidos, perdeu for�a com as den�ncias recentes de que o governo norte-americano tamb�m espionou as atividades da Petrobras. “A cortina caiu. Toda espionagem e interfer�ncias eram justificadas pelo suposto combate ao terrorismo e prote��o de vida. Isso caiu por terra porque voc� n�o espiona a Petrobras para proteger contra o terrorismo”, disse.

Durante quase duas horas de sabatina, o diplomata destacou o papel de lideran�a do Brasil sobre temas priorit�rios no cen�rio internacional e lembrou, por exemplo, que o governo brasileiro foi respons�vel por iniciar o debate sobre a responsabilidade das na��es em proteger civis em regi�es de conflito. A iniciativa ocorreu em uma cr�tica � Organiza��o do Tratado do Atl�ntico Norte (Otan) na situa��o do Afeganist�o que perdurou por quase 10 anos. Apenas no per�odo entre janeiro e junho de 2010, mais de 1,2 mil pessoas morreram em decorr�ncia do confronto, segundo dados da ONU.

“Alguns pa�ses acham que tem carta branca para fazer o que entende como moralmente correto. O debate foi lan�ado”, disse, afirmando que o novo conceito n�o vai substituir o conceito da responsabilidade de proteger. “� uma semente que est� germinando que vou acompanhar na ONU”.

Patriota disse que outra tarefa que vai levar entre as prioridades na representa��o na ONU ser� a defesa pela reforma do Conselho de Seguran�a do organismo. “Espero que a reforma se concretize num futuro relativamente pr�ximo. O debate est� colocado na pauta h� 20 anos”, disse. O diplomata destacou que o Brasil, ainda que n�o tenha assegurado um assento permanente no conselho, foi respons�vel por conquistas significativas sobre decis�es do grupo. Patriota citou, por exemplo, o esfor�o feito, ao lado de pa�ses africanos e a �ndia, para evitar que o colegiado internacional fechasse definitivamente as portas para uma participa��o permanente de pa�ses em desenvolvimento.

“A primeira vit�ria foi evitar d�ficit de representatividade que est� na aus�ncia de um membro da Am�rica Latina e �frica”, disse. Antonio Patriota ainda explicou que o Brasil “n�o est� fazendo barganha, em termos de perdoar d�vidas de pa�ses africanos, para obter apoio para ocupar a cadeira”, afirmando que o Brasil � o candidato natural da regi�o para o Conselho pela lideran�a que vem destacando em diversos debates internacionais.

Antonio Patriota, 59 anos, foi ministro das Rela��es Exteriores por dois anos e oito meses, e foi indicado pela presidenta Dilma Rousseff para o ocupar o cargo em Nova York, logo que deixou a pasta, em agosto desse ano. Com 34 anos de carreira diplom�tica, Patriota serviu na miss�o permanente do Brasil em organismos internacionais em Genebra, na Su��a (1999-2003) e integrou a delega��o brasileira no Conselho de Seguran�a da ONU (1994-1999).


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