S�o Paulo - A preocupa��o com os controles do pr�prio governo se exacerbou na gest�o da presidente Dilma Rousseff, o que torna as tomadas de decis�o muito lentas, avalia Cl�udio Couto, cientista pol�tico e professor da Funda��o Get�lio Vargas de S�o Paulo (FGV-SP). "Nessa atual gest�o, a preocupa��o burocr�tica de controle se exacerbou, o que faz com que as decis�es se tornem cada vez mais dif�ceis, cada vez mais lentas", comentou Couto, durante o 10º F�rum de Economia organizado pela Escola de Economia de S�o Paulo da FGV.
"Constru�mos o modelo predat�rio de coaliz�o, no sentido de que leva � captura de partes de um Estado por diferentes partidos", afirmou. A preda��o da coisa p�blica, explica, levou o Estado ao longo dos anos a um aprimoramento dos instrumentos de controle, como a Controladoria Geral da Uni�o e o Tribunal de Contas. "Gerou tal burocratiza��o que acabou por reduzir sua efic�cia e sua efici�ncia. Gasta-se mal pra seguir o que a lei manda."
Couto mencionou que, dentre os minist�rios que podem atuar no �mbito do Programa de Acelera��o do Crescimento (PAC), por exemplo, nenhum � controlado pelo pr�prio partido da presidente, o PT. Ele citou o minist�rio de Minas e Energia, nas m�os do PMDB, o dos Transportes (PR), das Cidades (PP), do Esporte (PcdoB) e dos Portos "at� outro dia com o PSB".
"Como solucionar? N�o creio que por uma redu��o dr�stica do n�mero de partidos", comentou. Couto opinou ainda que "reforma pol�tica � uma express�o vazia de conte�do espec�fico", que pode n�o apresentar solu��es necessariamente boas. "Temos um sistema que se move, mas se move a custos demasiados. N�o imagino que haja solu��o m�gica para isso."