(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Cientista pol�tico v� 'excesso de controle' do governo Dilma

Cl�udio Couto, cientista pol�tico e professor da Funda��o Get�lio Vargas de S�o Paulo avalia que, na atual gest�o, a preocupa��o burocr�tica de controle se exacerbou


postado em 01/10/2013 14:13 / atualizado em 01/10/2013 14:18

S�o Paulo - A preocupa��o com os controles do pr�prio governo se exacerbou na gest�o da presidente Dilma Rousseff, o que torna as tomadas de decis�o muito lentas, avalia Cl�udio Couto, cientista pol�tico e professor da Funda��o Get�lio Vargas de S�o Paulo (FGV-SP). "Nessa atual gest�o, a preocupa��o burocr�tica de controle se exacerbou, o que faz com que as decis�es se tornem cada vez mais dif�ceis, cada vez mais lentas", comentou Couto, durante o 10º F�rum de Economia organizado pela Escola de Economia de S�o Paulo da FGV.

Os mecanismos burocr�ticos de controle, criados para auxiliar mas que "sabotam" o governo, segundo Couto, s�o uma consequ�ncia indireta dos custos impostos pelo atual modelo de coaliz�o. "Falamos de gerir uma coaliz�o muito mais ampla do que a que tivemos no governo Fernando Henrique, mas n�o de natureza muito distinta. A dificuldade se coloca mais na gest�o intergovernamental", explicou. Para o cientista pol�tico, h� uma m�quina governamental "travada pela burocratiza��o e pelo excesso de controles", um dos custos da manuten��o da governabilidade existente em um modelo "predat�rio de coaliz�o".

"Constru�mos o modelo predat�rio de coaliz�o, no sentido de que leva � captura de partes de um Estado por diferentes partidos", afirmou. A preda��o da coisa p�blica, explica, levou o Estado ao longo dos anos a um aprimoramento dos instrumentos de controle, como a Controladoria Geral da Uni�o e o Tribunal de Contas. "Gerou tal burocratiza��o que acabou por reduzir sua efic�cia e sua efici�ncia. Gasta-se mal pra seguir o que a lei manda."

Couto mencionou que, dentre os minist�rios que podem atuar no �mbito do Programa de Acelera��o do Crescimento (PAC), por exemplo, nenhum � controlado pelo pr�prio partido da presidente, o PT. Ele citou o minist�rio de Minas e Energia, nas m�os do PMDB, o dos Transportes (PR), das Cidades (PP), do Esporte (PcdoB) e dos Portos "at� outro dia com o PSB".

"Como solucionar? N�o creio que por uma redu��o dr�stica do n�mero de partidos", comentou. Couto opinou ainda que "reforma pol�tica � uma express�o vazia de conte�do espec�fico", que pode n�o apresentar solu��es necessariamente boas. "Temos um sistema que se move, mas se move a custos demasiados. N�o imagino que haja solu��o m�gica para isso."


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)