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Estado de Minas

Sobrou apoio popular � Rede de Marina Silva, faltou 'timing' pol�tico

Marina saiu das elei��es presidenciais de 2010 com um capital de quase 20 milh�es de votos, mas negava a inten��o de criar uma nova sigla


postado em 03/10/2013 09:13 / atualizado em 03/10/2013 09:24

S�o Paulo - Para entender o sufoco que a Rede Sustentabilidade passa nesta reta final � preciso voltar a 2011. Em julho daquele ano, a ex-senadora Marina Silva e seu grupo, apelidados de “sonh�ticos”, deixaram o PV e come�aram a articular um movimento suprapartid�rio. Marina acabara de sair das elei��es presidenciais com um capital de quase 20 milh�es de votos, mas negava a inten��o de criar uma nova sigla.

Foi s� em fevereiro deste ano que o grupo oficializou a cria��o da Rede e deu in�cio a coleta das 492 mil assinaturas necess�rias para pedir o registro na Justi�a Eleitoral. Apoiadores da sigla dizem agora que, se houvesse mais 15 ou 20 dias, o n�mero de assinaturas exigido seria ultrapassado. Mas o tempo se esgotou. O pedido vai ser julgado nesta quinta-feira, 3, pelos ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e a aprova��o da Rede depende, agora, de uma exce��o jur�dica.

Diante da hip�tese de ver a Rede naufragar, parte dos aliados de Marina admite, reservadamente, que a decis�o de transformar o movimento “Nova Pol�tica” em um partido foi tardia. Outros, no entanto, defendem que tudo foi feito dentro do tempo necess�rio para o amadurecimento program�tico.

12 mil volunt�rios

Assim que optaram pela cria��o da Rede, os articuladores da sigla deram declara��es de que estava cientes do desafio que teriam pela frente. Pelas redes sociais, come�aram a recrutar colaboradores pelo Pa�s e conseguiram reunir um grupo de 12 mil pessoas que ajudaram no processo de coleta de assinaturas. O grande n�mero de volunt�rios, nos c�lculos da Rede, iria compensar a falta de pol�ticos profissionais, j� que apenas tr�s deputados apoiaram a ideia desde o in�cio.

O trabalho demorou para engrenar, mas deu resultados. O grupo diz ter conseguido levantar mais de 900 mil fichas de apoio. Depois de uma triagem, encaminhou cerca de 660 mil aos cart�rios. Segundo a Rede, a matem�tica n�o fecha porque os cart�rios descumpriram o prazo de 15 dias para a valida��o das assinaturas e invalidaram apoiamentos sem justificativa.

Comparar o processo da cria��o das duas siglas que foram aprovadas pelo TSE na semana passada com a de Marina ajuda a perceber porque a ex-senadora enfrenta tantas dificuldades.

O Solidariedade come�ou a ser articulado em outubro do ano passado. Foram s� quatro meses de diferen�a, mas, nesta reta final, dariam o f�lego que a Rede tanto precisa. Outra diferen�a � que a sigla, liderada pelo deputado Paulinho da For�a, contou com o apoio de outros 15 parlamentares e de toda a estrutura dos 2,1 mil sindicatos que formam a For�a Sindical.

O PROS tem uma hist�ria mais peculiar. O ex-vereador de Planaltina de Goi�s (GO) Eur�pedes J�nior come�ou a recolher assinaturas em 2010. Foram tr�s anos viajando pelo Pa�s at� coletar 1,5 milh�o de assinaturas e conseguir o registro.

O caso do PSD, do ex-prefeito Gilberto Kassab, destoa da regra. Ele lan�ou o partido em mar�o de 2011 e em junho anunciava que j� havia coletado mais de 1,2 milh�o de assinaturas. A sigla do ex-prefeito contava com o apoio de um grande n�mero de pol�ticos profissionais. O partido foi aprovado em setembro daquele ano.


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